Campinas registra queda em casos de leptospirose e hepatite A
De janeiro a dezembro de 2024, foram registrados 12 casos de leptospirose e 114 de hepatite A
- Data: 26/12/2024 08:12
- Alterado: 26/12/2024 08:12
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Crédito:Bruno Peres/Agência Brasil
A Secretaria de Saúde de Campinas, no estado de São Paulo, divulgou dados alarmantes sobre a saúde pública local. De janeiro a dezembro de 2024, foram registrados 12 casos de leptospirose e 114 de hepatite A. Embora os números apresentem uma leve diminuição em relação ao ano anterior, as autoridades alertam para o aumento do risco de contágio durante os períodos chuvosos, que frequentemente resultam em alagamentos que podem propagar a contaminação.
Em comparação ao ano passado, quando foram contabilizados 14 casos de leptospirose e 127 de hepatite A, a administração municipal enfatiza a importância da conscientização da população sobre as consequências das enchentes. Estas condições favorecem a disseminação de agentes patogênicos através da água contaminada.
Os registros indicam que, das 12 pessoas diagnosticadas com leptospirose em 2024, dez se recuperaram, enquanto duas não resistiram à infecção. Em contraste, o balanço anterior incluía três mortes entre os 14 pacientes infectados.
No que diz respeito à hepatite A, a redução dos casos é um dado positivo; no entanto, as autoridades continuam a monitorar a situação. A hepatite A é transmitida pelo vírus presente nas fezes, e o contato com água contaminada durante enchentes representa um grande risco para a população.
A leptospirose resulta da exposição à urina contaminada por roedores e outros animais. Os sintomas costumam surgir entre sete a 14 dias após a infecção e incluem febre alta, dores no corpo e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
Por outro lado, os sinais iniciais da hepatite A incluem fadiga, febre e mal-estar. O quadro pode evoluir para enjoo e dor abdominal. É importante ressaltar que não existe um tratamento específico para essa doença viral; assim, a automedicação é fortemente desencorajada pelas autoridades de saúde.
A vacinação contra hepatite A faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível nas unidades públicas para crianças com 15 meses ou mais. Além disso, a Vigilância Epidemiológica está capacitando agentes comunitários para orientar os moradores em áreas propensas a enchentes sobre os riscos associados às duas doenças.
Para complementar as ações de prevenção, hipoclorito de sódio será disponibilizado aos residentes afetados pelas chuvas sempre que houver indícios de risco de transmissão das infecções.
Com estas medidas em prática, espera-se que Campinas minimize o impacto das chuvas na saúde pública e promova maior conscientização entre seus cidadãos.