Campinas registra aumento em casos de coqueluche em 2024
Vacinação é essencial para controle da doença
- Data: 16/01/2025 11:01
- Alterado: 16/01/2025 11:01
- Autor: Redação
- Fonte: Secretaria da Saúde
Dados recentes da Secretaria de Estado da Saúde indicam um alarmante aumento nos casos de coqueluche na região de Campinas, São Paulo. Em 2024, foram registrados 184 casos da doença, um crescimento significativo em comparação aos apenas 8 casos contabilizados em 2023, resultando em um impressionante aumento percentual de 2.200%.
A coqueluche, comumente referida como “tosse comprida”, é uma infecção respiratória altamente contagiosa. Esta condição provoca episódios intensos de tosse seca e dificuldade para respirar, sendo transmitida por meio de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou mesmo ao falar.
A vacinação permanece como a principal estratégia para o controle da coqueluche no Brasil. O imunizante está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e é recomendado para crianças, gestantes, puérperas e profissionais da saúde.
Apesar do notável aumento no número de casos, as autoridades de saúde informam que não houve registro de óbitos relacionados à doença até o momento. Os dados refletem a situação nos 42 municípios que fazem parte do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Campinas.
Os municípios afetados incluem: Águas de Lindóia, Americana, Amparo, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Cabreúva, Campinas, Campo Limpo Paulista, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Joanópolis, Jundiaí, Lindóia, Louveira, Monte Alegre do Sul, Monte Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Piracaia, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Serra Negra, Socorro, Sumaré, Tuiuti, Valinhos, Vargem, Várzea Paulista e Vinhedo.
A coqueluche apresenta maior risco para bebês com menos de seis meses de idade. A infecção é causada pela bactéria Bordetella pertussis e os sintomas geralmente se manifestam em fases distintas. No início da infecção, os sinais podem ser semelhantes aos de um resfriado comum e incluem:
- Mal-estar geral
- Corrimento nasal
- Tosse seca
- Febre baixa
Com a progressão da doença, a tosse se torna mais intensa e pode levar a complicações sérias como:
- Tosse severa e incontrolável
- Dificuldade respiratória
- Crisas de tosse que podem resultar em vômito ou extremo cansaço
Os sintomas podem persistir por um período que varia entre seis a dez semanas ou até mais tempo dependendo do tratamento e da gravidade do caso. É comum que adultos e adolescentes apresentem sintomas menos graves em comparação às crianças. A gravidade da infecção frequentemente está relacionada à idade do paciente e à sua condição imunológica.
O alerta sobre o aumento da coqueluche foi reforçado pelo Ministério da Saúde em 2024. Em junho deste ano, foi divulgada uma nota técnica destacando o ressurgimento da doença no país e enfatizando a importância das campanhas de vacinação. Essa advertência surgiu após a divulgação pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças sobre o aumento da coqueluche em vários países da União Europeia e outras nações como China e Estados Unidos.