Campanha da SPSP reforça o combate ao uso de drogas por crianças e adolescente

A Sociedade de Pediatria de SP tem a certeza de que o combate eficaz ao uso de drogas passa obrigatoriamente pelos consultórios dos especialistas

  • Data: 30/06/2023 11:06
  • Alterado: 30/06/2023 11:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sociedade de Pediatria de SP
Campanha da SPSP reforça o combate ao uso de drogas por crianças e adolescente

Julho Branco: com consciência

Crédito:Divulgação/SPSP

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A campanha Julho Branco: com consciência, sem drogas, organizada pelo Núcleo de Estudos de Combate ao Uso de Drogas por Crianças e Adolescentes da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), tem por objetivo conscientizar profissionais de saúde e a comunidade sobre os efeitos nocivos do consumo de drogas por crianças e adolescentes.

Na opinião de Claudio Barsanti, coordenador das Campanhas da SPSP, quando se pensa no combate ao consumo de drogas na faixa etária pediátrica, o mais importante é a prevenção. “E isso se faz discutindo o assunto com a família e seus filhos, estando atento a situações de risco”, enfatiza o pediatra. Ele comenta que a iniciação do consumo de drogas tem sido cada vez mais precoce e o impacto, avassalador. “Por não entenderem o risco, muitas vezes crianças e adolescentes iniciam o uso de drogas por indicação de falsos amigos ou pessoas mal-intencionadas. Outras vezes, eles se espelham nos pais, consumindo drogas lícitas dos adultos, como bebidas alcoólicas e cigarros, achando que não existe perigo”, acrescenta.

Para João Paulo Becker Lotufo, presidente do Núcleo de Estudos de Combate ao Uso de Drogas por Crianças e Adolescentes da SPSP e coordenador da campanha Julho Branco, os pediatras têm a obrigação de trabalhar a questão da prevenção do consumo de drogas em sua rotina diária, não importa qual faixa etária estejam atendendo, pois desde a gravidez é preciso conscientizar os pais o quão prejudicial pode ser para o bebê o uso de qualquer tipo de droga. “Como exemplo, temos a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que deve ser evitada com a coibição do consumo de álcool durante a gestação, lembrando ainda que esse consumo durante a amamentação é igualmente nocivo aos bebês. E depois vem o exemplo das famílias para as crianças e adolescentes: se um pai fuma, por exemplo, como dizer ao filho que ele não deve fumar; em relação à bebida, a mesma coisa”, afirma o médico. 

Segundo Barsanti, é fundamental que os pediatras estejam preparados para abordar e orientar sobre a questão das drogas, auxiliando, inclusive, a conscientizar pais e cuidadores em relação ao problema, esclarecendo que, na prevenção, o diálogo é fundamental. “Vale lembrar que as escolas também são muito importantes nesse processo”, diz. Lotufo observa que a idade de experimentação das drogas é cada vez mais precoce e que é preciso evitar desde cedo que a criança tenha contato com qualquer tipo de droga. “Importante prestar atenção também para as novas drogas sintéticas que estão circulando, como a K9, K2 e K4, que vêm preocupando muito os profissionais da saúde, assim como o uso de narguilé e cigarro eletrônico, muito consumidos nos dias de hoje pelos adolescentes. Imprescindível, portanto, que o assunto seja trabalhado no dia a dia das consultas pediátricas, através de um breve aconselhamento”, conclui o especialista

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  • Data: 30/06/2023 11:06
  • Alterado:30/06/2023 11:06
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  • Fonte: Sociedade de Pediatria de SP









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