Cabral voltará para presídio de Bangu, determina Justiça do Rio
Medida foi tomada após serem vistas irregularidades na cela de Cabral
- Data: 03/05/2022 19:05
- Alterado: 03/05/2022 19:05
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Crédito:Valter Campanato / Agência Brasil
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, voltará para o Complexo Prisional de Gericinó. A transferência, da Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, foi determinada nesta terça-feira (3) pelo juiz Bruno Monteiro Rulière, no exercício da competência da Corregedoria do Sistema Prisional.
Cabral e outros cinco internos ficarão na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, unidade de segurança máxima, conhecida como Bangu 1, onde deverão cumprir isolamento cautelar pelo prazo de 10 dias. A medida foi tomada depois de terem sido encontradas irregularidades na unidade da PM, que abriga presos integrantes da Polícia Militar, assim como o ex-governador Sergio Cabral.
Nas inspeções da Vara de Execuções Penais, realizadas nos dias 24 de março e 27 de abril, foram apreendidos celulares e outros materiais proibidos com os presos e tratamento diferenciado ao grupo alocado na ala dos oficiais.
De acordo com a decisão, também serão transferidos os policiais militares Mauro Rogério Nacimento de Jesus, Daniel dos Santos Benitez Lopez, Marcelo Queiroz dos Anjos, Marcelo Baptista Ferreira e Cláudio Luiz Silva de Oliveira.
Defesa
Em nota, a defesa do ex-governador nega que tenha sido encontrada alguma irregularidade na cela de Cabral durante a fiscalização. “Na revista feita na última semana pelo juiz responsável pela Vara de Execuções Penais, não foi encontrada qualquer irregularidade em sua cela, motivo pelo qual nenhum dos objetos encontrados em áreas comuns foi relacionado pela equipe ao ex-governador. Ele desconhece objetos encontrados fora da galeria de acautelamento dos oficiais. No momento da chegada das autoridades, o ex-governador estava em área comum, na companhia dos demais acautelados”, afirmou.
Também em nota, a defesa do tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, apontado nas irregularidades, afirma não terem sido encontrados em sua cela nenhum dos materiais. “No momento da revista, o tenente-coronel se encontrava em ambiente comum com os demais acautelados”, completou.