Brasileiros têm ‘vida normal’ no exterior após lockdown e vacinação
Enquanto o Brasil ultrapassa 400 mil mortos pela covid-19, brasileiros que moram no exterior já testemunham a vida voltando ao normal em países onde a pandemia está sob controle
- Data: 03/05/2021 17:05
- Alterado: 22/08/2023 22:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Segundo depoimentos
Crédito:Reprodução
Cidades que tiveram lockdown rigoroso no ano passado, como Sparks, no interior dos EUA, estão com vacinação avançada e já protegem jovens de 16 anos. Em Pequim, na China, onde a peste começou, as crianças têm aulas normais, o comércio está bombando e a economia cresce – no primeiro trimestre de 2021, o PIB chinês avançou 18,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Nós estamos com a maioria dos estabelecimentos abertos, as escolas estão funcionando desde agosto. E os adultos frequentam o comércio normalmente“, conta Natália Gava, de 37 anos, nutricionista de São Paulo que vive em Sparks, no Estado de Nevada, nos EUA, com a família. Natália tem duas filhas, de 5 e 10 anos, e mora no exterior há sete anos e meio.
Do outro lado do mundo, em Pequim, onde vive há três anos, Denise Melo, de 36 anos, testemunha situação semelhante. Ela conta que já recebeu a primeira dose da vacina e que a capital chinesa tem dias de normalidade depois de ter passado por fortes controles de circulação. “Aqui, eles respeitaram aqueles três meses de lockdown no início de 2020“, lembra. “E quando começou a reabertura, desempregado de loja foi trabalhar na reforma das ruas”, explica Denise.
O Estadão ouviu ainda o depoimento da advogada Ana Ganzarolli, de 42 anos, que mora em Newcastle, no Reino Unido, cidade que teve reabertura no último dia 12. O coordenador de marketing Guilherme Dorf, de 34 anos, que vive na Austrália, conta que a vida por lá também se normalizou. Em Melbourne, onde Dorf reside a covid matou 820 pessoas, dos 910 óbitos causados pelo coronavírus ocorridos no país. A única morte de 2021 ocorreu em Queensland, de um homem que havia retornado recentemente das Filipinas. Em toda a pandemia, o Estado teve sete mortes. Para a estudante Paola Victorio, de 26 anos, de Sydney, a pandemia parece ser coisa do passado: a última morte por covid no Estado onde vive foi registrada em 27 de dezembro.
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