Brasil terá 33 milhões de idosos em 2025
Sarcopenia: a importância dos exercícios anaeróbicos para os idosos. Maior patologista neuromuscular do Brasil, dr. Beny Schmidt é um dos principais especialistas do país na doença
- Data: 25/06/2015 08:06
- Alterado: 25/06/2015 08:06
- Autor: Redação
- Fonte: Agora
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O professor doutor Beny Schmidt, maior patologista neuromuscular do Brasil, fez uma apresentação sobre “Sarcopenia e Atrofia Muscular”, tema fundamental para a saúde pública no mundo inteiro, no X Congresso Paulista de Neurologia, realizado no último fim de semana, no Guarujá, em São Paulo.
Doença que acomete pacientes na terceira idade, a sarcopenia vem preocupando médicos brasileiros, já que o país está prestes a se tornar o sexto do mundo com maior número de idosos. Serão 33 milhões, em 2025. “É extremamente importante saber o que é essa perda de massa muscular e, mais ainda, conhecer o tratamento dessa síndrome que pode desestabilizar de forma significativa a saúde pública em todo o mundo”.
Durante sua palestra, dr. Beny Schmidt propôs uma nova nomenclatura para a doença: em vez de sarcopenia, perda neuronal da senescência. “Dei esta sugestão porque sarcopenia não é sinônimo de atrofia muscular. Na verdade, trata-se de uma perda no número de neurônios do sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal)”.
A boa notícia é que qualquer idoso que seguir um treinamento físico adequado terá uma qualidade de vida exemplar até o final de seus dias. “Além da atividade aeróbica (marcha, corrida etc) está preconizada na literatura médica a absoluta importância para os pacientes da terceira idade dos exercícios anaeróbicos, ou seja, com resistência e carga (peso)”.
Fácil de ser prevenida, a sarcopenia depende apenas de uma orientação médica adequada para que possa ser evitada. “Os idosos que praticarem esporte da forma correta poderão desfrutar de maneira prazerosa daquilo que têm de mais sagrado: sua vida”, finaliza o especialista.
SOBRE O DR. BENY SCHMIDT
Beny Schmidt é chefe e fundador do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de doze mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético – a distrofina.
Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).
Seu pai, Benjamin José Schmidt, foi o responsável por introduzir no Brasil o teste do pezinho.