Dirigente da ONU defende jogadora espanhola: ‘Precisamos acabar com o abuso no esporte’
Desde o polêmico episódio, atletas, dirigentes e até membros do governo espanhol vêm pressionando Rubiales para renunciar ao cargo de presidente da federação
- Data: 29/08/2023 10:08
- Alterado: 29/08/2023 10:08
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Dirigente da ONU defende jogadora espanhola: 'Precisamos acabar com o abuso no esporte'
Crédito:Reprodução - Redes Sociais
A atacante espanhola Jenni Hermoso recebeu nesta terça-feira um apoio de peso na polêmica com o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales. A jogadora da seleção da Espanha, campeã mundial na final disputada no dia 20, ganhou o suporte da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
“As mulheres no esporte continuam a enfrentar assédio e abuso sexual – cada um de nós tem a responsabilidade de denunciar e enfrentar tais abusos. Nós nos unimos à espanhola Jenni Hermoso e a todos aqueles que trabalham para acabar com o abuso e o sexismo no esporte. Faça disso um ponto de virada”, disse Volker Türk, chefe do Alto Comissariado.
O dirigente escreveu sua mensagem na rede social X (antigo Twitter) usando a hashtag #SeAcabo, em espanhol (“acabou-se”, em tradução livre). A expressão tomou conta das redes sociais nos dias que se seguiram ao polêmico beijo de Rubiales em Hermoso, na cerimônia de premiação ao fim da decisão da Copa do Mundo feminina, no dia 20.
Jogadoras da Espanha e de outras seleções, atletas de diversas modalidades e celebridades usaram a hashtag para condenar o ato de Rubiales, que alega ter dado o beijo na boa de Hermoso com consentimento. A jogadora, que nega ter permitido o beijo, anunciou boicote à seleção, assim como outras companheiras de time.
Desde o polêmico episódio, atletas, dirigentes e até membros do governo espanhol vêm pressionando Rubiales para renunciar ao cargo de presidente da federação. Na segunda, a RFEF pediu a sua própria suspensão junto à Uefa, alegando que estaria sofrendo tentativa de interferência do governo, algo proibido pelos estatutos das principais entidades que gerem o futebol mundial.