Dia Mundial da Saúde: 49% dos profissionais estão mais propensos a sofrer burnout
Estudo da Robert Half apresenta as cinco principais razões que levam a essa percepção e reforçam a importância do Dia Mundial da Saúde
- Data: 07/04/2022 10:04
- Alterado: 17/08/2023 06:08
- Autor: Redação
- Fonte: Robert Half
Teletrabalho
Crédito:Arquivo - Agência Brasil
Criado pela OMS para a conscientização e criação de políticas voltadas ao bem-estar da população, o Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, também faz refletir sobre como empresas e colaboradores estão lidando com a saúde mental no trabalho. A 19ª edição do Índice de Confiança Robert Half ouviu 774 recrutadores e profissionais qualificados – ou seja, com 25 anos ou mais e formação superior – e apontou que 49% dos recrutadores acreditam que os profissionais estão mais propensos a sofrer de burnout no segundo semestre.
Segundo os recrutadores, as cinco principais razões que os levam a fazer essa afirmação são: cargas de trabalho mais pesadas (58%); falta de equilíbrio entre vida profissional e trabalho (58%); mais pressão para obter resultados (55%); incertezas quanto ao rumo da pandemia (52%); e a alta demanda de trabalho concentrada em equipes reduzidas (51%).
“Algumas boas práticas em prol do bem-estar do colaborador exigem um alto investimento financeiro. Entretanto, algumas empresas podem não estar no melhor momento para destinar recursos para essas ações. Acredito, porém, que está ao alcance de todas as organizações criar uma cultura de satisfação, como primeiro passo para que as pessoas tenham um ambiente de trabalho mais saudável”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
Apesar dos números impactantes, a pesquisa revela também que 80% das empresas buscam a mudança desse cenário, com adoção de medidas para alcançar maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. As cinco principais ações realizadas pelas empresas são: permitir maior flexibilidade de horário (55%); manter uma comunicação regular (51%); melhorar o acesso aos benefícios de saúde e bem-estar (35%); aprimorar programas de reconhecimento de funcionários (27%); e dar mais apoio aos pais e mães que trabalham (20%).
Quando perguntados sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional no último ano, 42% dos empregados afirmaram que houve um aumento na qualidade de vida. “Isso pode indicar um reflexo da evolução no número de empresas que passaram a promover benefícios relacionados ao bem-estar emocional e à saúde mental dos colaboradores, em função das preocupações com a pandemia. O que só reforça a importância do cuidado com os profissionais como estratégia para manter a operação competitiva”, conclui o diretor.
Equilíbrio entre a vida social e o trabalho é a tendência global para a retenção de talentos
A consultoria também conduziu um levantamento global, na segunda quinzena de fevereiro, com 1.500 executivos C-level (CEOs, CFOs e CIOs), no Brasil, Bélgica, França, Reino Unido e Alemanha. Quando questionados sobre quais preocupações mais impactam na capacidade das empresas de reter colaboradores, as três respostas mais citadas pelos executivos foram: a busca dos colaboradores por um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal (28%); o aumento da pressão no trabalho ou burnout dos colaboradores (23%); e a incapacidade de oferecer salários e benefícios competitivos.
No ranking entre países, os executivos brasileiros aparecem como os mais preocupados com a busca de um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos colaboradores.
Brasil
36%
Bélgica
27%
França
26%
Reino Unido
25%
Alemanha
24%
(Fonte: Pesquisa global da Robert Half com 1.500 executivos C-level)
“A pesquisa global aponta uma tendência positiva: cada vez mais, as lideranças das organizações consideram saúde e equilíbrio no trabalho peças-chave da atração e retenção de talentos. Dessa forma é que elas mapeiem as necessidades e as expectativas dos colaboradores que estão em casa”, conclui Mantovani.