Chefes dos três Poderes rejeitam ‘atos de terrorismo’ e ‘golpistas’

Ato simbólico em defesa da democracia ocorreu após a invasão do Planalto

  • Data: 10/01/2023 11:01
  • Alterado: 10/01/2023 11:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Chefes dos três Poderes rejeitam ‘atos de terrorismo’ e ‘golpistas’

Crédito:Reprodução

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desceu a rampa do Palácio do Planalto, na noite desta segunda-feira, 9, ao lado de governadores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares, atravessou a Praça dos Três Poderes e caminhou até a Corte. O ato simbólico em defesa da democracia ocorreu após a invasão do Planalto, do Congresso e do STF por bolsonaristas radicais, que depredaram as instalações dos prédios públicos neste domingo, 8. Mais cedo, os chefes dos três Poderes já haviam publicado uma carta conjunta na qual classificaram a violência praticada em Brasília como de “atos de terrorismo”.

“Eles querem é golpe e golpe não vai ter. Não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos”, disse Lula, durante reunião com representantes dos 26 Estados e do Distrito Federal. Em entrevista ao chegar à sede do STF, o presidente afirmou que o caos na capital da República foi promovido por “um bando de vândalos”. “Não vamos dar trégua até descobrir quem financiou isso.”

O encontro de Lula com governadores teve também a participação dos presidentes do STF, Rosa Weber; da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), além do procurador-geral da República, Augusto Aras.

“O que vimos ontem (domingo) foi coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo porque pessoas que estavam nas ruas na frente de quartéis não tinham pauta de reivindicação”, afirmou Lula. Mesmo assim, de acordo com ele, “todos foram pegos de surpresa” com a violência dos atos criminosos.

Lula dirigiu críticas a integrantes do Exército ao afirmar que “nenhum quartel” ou “nenhum general” se moveu para dizer a quem protestava ser proibido pedir a destituição de quem foi eleito. “Pessoas estão livremente reivindicando o golpe, na frente dos quartéis, e não foi feito nada por nenhum quartel. Nenhum general se moveu para dizer ‘Não pode acontecer isso’, ‘É proibido pedir isso'”, afirmou o presidente.

No Planalto, Rosa Weber afirmou que as atividades na Corte serão retomadas na data prevista. “O STF foi duramente atacado. Nosso prédio histórico foi praticamente destruído. Essa simbologia a mim entristeceu de maneira enorme, mas quero assegurar que vamos reconstruí-lo e no dia 1.º de fevereiro daremos início ao ano judiciário.”

Na abertura da reunião, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), fez um discurso no qual afirmou o compromisso dos Estados com a democracia e disse que as polícias militares já haviam iniciado a desmobilização dos acampamentos.

Cada governador falou em nome de uma região. “Nossa solidariedade aos Poderes agredidos e nosso compromisso pela manutenção da ordem democrática”, afirmou Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul. Pelo Sudeste, discursou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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  • Data: 10/01/2023 11:01
  • Alterado:10/01/2023 11:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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