Brasil e Chile se unem para combater a desinformação na América Latina
Os países firmaram acordo para regulamentar plataformas digitais e combater discursos de ódio
- Data: 19/11/2024 17:11
- Alterado: 19/11/2024 17:11
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e a Ministra da Secretaria Geral de Governo da República do Chile, Camila Vallejo
Crédito:Tomaz Silva/Agência Brasil
Em uma iniciativa pioneira na América do Sul, os governos do Brasil e do Chile firmaram um Memorando de Entendimento com o objetivo de fortalecer a integridade da informação em ambos os países. O acordo foi assinado pelo Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social do Brasil, Paulo Pimenta, e pela Ministra da Secretaria Geral de Governo do Chile, Camila Vallejo. O anúncio ocorreu durante a reunião da Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro.
O memorando visa principalmente o intercâmbio de experiências sobre políticas públicas voltadas para a regulação informacional e a defesa da democracia. Uma das metas centrais é desenvolver abordagens inclusivas que maximizem os benefícios da inteligência artificial, enquanto garantem que sua aplicação seja feita de maneira ética e responsável. Em pronunciamento, Paulo Pimenta destacou a importância de regulamentar o relacionamento entre as nações e as grandes plataformas digitais.
“A reflexão sobre como os países interagem com as plataformas, considerando aspectos delicados como liberdade de expressão versus proteção dos direitos individuais, é crucial”, afirmou Pimenta. “É imperativo abordar questões como o combate ao discurso de ódio, xenofobia, racismo e homofobia.”
O acordo também prevê iniciativas conjuntas para regular as grandes empresas de tecnologia (big techs), além de enfrentar preconceitos e desinformação em ambientes digitais—fatores que têm dificultado esforços em áreas críticas como a crise climática. Este compromisso entre Brasil e Chile é um passo inicial significativo na proteção das democracias locais e na promoção do uso ético da inteligência artificial.