Brasil classifica as três duplas no qualificatório em Gstaad
Guto e Saymon, Talita e Taiana e Maria Elisa e Carol venceram os jogos que disputaram e engrossam a lista de duplas brasileiras na chave principal do Circuito Mundial de vôlei de praia
- Data: 10/07/2019 14:07
- Alterado: 10/07/2019 14:07
- Autor: Redação
- Fonte: CBV
Crédito:Getty Image/FIVB
Apenas dois dias após o encerramento do Campeonato Mundial de Vôlei de Praia, realizado em Hamburgo (ALE), o tour cruza a fronteira com a Suíça e chega em Gstaad, para a primeira etapa cinco estrelas da temporada 2019. No primeiro dia de disputas três duplas brasileiras entraram em ação na fase de qualificação em busca uma das vagas ainda disponíveis na chave principal. Guto/Saymon (RJ/MS), Talita/Taiana (AL/CE) e Maria Elisa/Carol Solberg (RJ) venceram os jogos que disputaram nesta terça-feira (09.07) e avançaram na competição.
No torneio feminino a primeira participação brasileira foi de Talita e Taiana. Elas estrearam com vitória tranquila sobre Olsen/Bisgaard, da Dinamarca, por 2 sets a 0 (21/10 e 21/9). No segundo round elas enfrentaram as francesas Placette e Richard, e venceram mais uma vez em dois sets seguidos (21/11 e 21/18). A outra dupla do Brasil nesta fase, Maria Elisa e Carol Solberg, por ter melhor ranking, jogou apenas uma vez e levou a melhor sobre Radarong/Hongpak, da Tailândia, por 2 sets a 0 (21/13 e 21/19).
“O qualy sempre é um jogo um pouco nervoso que não permite uma segunda chance. Começamos o jogo bem concentradas e no primeiro set conseguimos impor o que queríamos. No segundo elas vieram mais fortes, oscilamos um pouco no início, mas conseguimos virar e vencer em dois sets, que era nosso objetivo principal. Estamos nos sentindo muito bem e amanhã começa um novo torneio. Vamos virar a chave agora e focar nos dois jogos da chave”, comentou Maria Elisa.
Na chave principal Maria Elisa e Carol estão no grupo B e estreiam nesta quarta-feira (10.07) contra Strbova/Dubcova, da Eslováqui. Já Taliita e Taiana ficaram no grupo H e jogam a primeira rodada contra Bansley/Brandie (CAN). Outras três duplas do Brasil já estavam garantidas pelo rankig. Ágatha e Duda (PR/SE), no grupo F, jogam contra as austríacas Schutzenhöfer e Plesiutschnig. No grupo E, Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE) encara Ludwig/Kozuch (ALE). E, pelo grupo G, Bárbara Seixas/Fernanda Berti (RJ) duela com Graudina/Kravcenkova (LET).
Masculino tem quatro duplas brasileiras no torneio
Guto e Saymon foram os únicos brasileiros no qualificatório e entraram em quadra duas vezes para garantirem um lugar na fase de grupos. No primeiro desafio, vitória sobre Azaad/Capogrosso, da Argentina, por 2 sets a 0 (21/19 e 21/18). Um pouco mais tarde eles passaram pelos alemães Erdamann/Winter por 2 sets a 0 (21/19 e 21/10). Agora, na chave principal, Guto e Saymon estão no grupo G, e terão pela frente os espanhóis Herrera e Gavira na primeira rodada.
Também participam da competição em Gstaad outros três times do Brasil no masculino. Alison/Álvaro joga contra Kantor/Losiak (POL) na abertura do grupo B. E no grupo F estão Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF) e André/George (ES/PB). Evandro e Bruno encaram P. Gao/Y. Li (CHN), enquanto André e George enfrentam Samoilovs e Smedins, da Letônia.
A fase de grupos é composta por 32 times em cada naipe, divididos em oito chaves. Após a primeira fase, os primeiros colocados vão direto às oitavas de final, enquanto segundos e terceiros de cada grupo disputam uma rodada eliminatória anterior, da repescagem (Round 1). O torneio segue com oitavas, quartas, semifinais e disputas de bronze e ouro.
A competição em Gstaad rende cerca de R$ 150 mil para os campeões dos naipes masculino e feminino. Ao todo, o torneio distribui cerca de R$ 2,3 milhões em premiação aos atletas, além de oferecer pontuação alta para o ranking internacional – 1.200 para os times vencedores.
Para a corrida olímpica brasileira, disputa interna entre duplas nacionais que tentam representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, o título em Gstaad rende 900 pontos, reduzindo 90 pontos para cada posição abaixo (veja quadro em anexo).
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
Gstaad é um dos torneios mais tradicionais do Circuito Mundial de vôlei de praia, presente desde 2000, sem ficar nem sequer um ano de fora do calendário. Além disso, também é uma das paradas favoritas dos atletas, em meio ao verão europeu e com a arena cercada pelas montanhas. O Brasil foi campeão oito vezes no naipe masculino e nove no naipe feminino.