Bolsonaro evita reconhecer derrota na eleição e valoriza aliados no Congresso
O presidente destacou que "a direita surgiu de verdade" no País e a formação de "diversas lideranças" que atuarão no Congresso a partir do próximo ano
- Data: 01/11/2022 17:11
- Alterado: 01/11/2022 17:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Quase 45 horas após a confirmação da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro (PL) finalmente se pronunciou na tarde desta terça, 1º, sobre o resultado das urnas.
O chefe do Executivo não reconheceu diretamente ter sido derrotado no domingo, 30, mas evitou questionar a vitória do adversário e fazer críticas frontais ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Enquanto presidente da República, continuarei cumprindo todos os mandamentos da Constituição”, afirmou, em pronunciamento no Palácio da Alvorada na tarde desta terça-feira, 1º, em indicativo de que não deve questionar o resultado das urnas.
O presidente ainda destacou que “a direita surgiu de verdade” no País e a formação de “diversas lideranças” que atuarão no Congresso a partir do próximo ano. “A direita surgiu de verdade em nosso País. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos pelo Brasil, somos pela ordem e o progresso”, afirmou em pronunciamento no Palácio da Alvorada, rodeado por ministros do seu governo.
Bolsonaro disse ainda que o fechamento de estradas federais por seus apoiadores são “fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”. Ele ponderou, no entanto, que os métodos de manifestação devem ser outros.
“As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse, em ataque à esquerda brasileira.
Estiveram presentes no Palácio da Alvorada os ministros da Economia, Casa Civil, Justiça, Trabalho, Relações Exteriores, Cidadania, Defesa, Infraestrutura, Desenvolvimento Regional, Saúde, Agricultura, Meio Ambiente, Educação, Ciência e Tecnologia e Mulher, Família e Direitos Humanos.