Bolsonaro confessa que os Estados unidos e o Brasil são “amigos” em cerimônia nos EUA
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, expressou durante uma cerimônia em Dallas, Estados Unidos da América, nesta quinta-feira (16), que o atual Brasil é um “amigo” dos Estados Unidos
- Data: 21/05/2019 14:05
- Alterado: 21/05/2019 14:05
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Marcos Corrêa/PR
Foi no curso do almoço da cerimónia onde Jair Bolsonaro recebeu uma homenagem de personalidade do ano por parte da Câmara do Comercio Brasil-Estados Unidos que a declaração foi proferida.
Justificou também dizendo que até então, a política no brasil era de antagonismos face a países como os Estados Unidos, existindo uma relação de inimizade presente. Mas que isso terminaria, pois o Brasil agora é amigo dos Estados Unidos. No ar fica a expectativa da presença dos americanos, e em particular dos empresários no Brasil, dizendo também que serão bem-vindos e desejados pelos brasileiros.
Contudo, do lado americano nem tudo parece linear. A referida cerimónia era para ter tido lugar em Nova York. Contudo, estes planos foram cancelados após as empresas que patrocinavam o evento terem desistido da homenagem, bem como depois de críticas proferidas pelo prefeito da cidade, Bill de Blasio. Este chegou mesmo a pedir que não recebessem o presidente Jair Bolsonaro por ser um ser humano perigoso.
Lembrando o cancelamento de Nova York, Jair Bolsonaro afirmou lamentar o ocorrido, rematando dizendo que não é possível ir à casa de alguém quando esse alguém não o deseja presente ou queira bem. Contudo referiu que o incidente não iria afetar o seu respeito, amor, e consideração pelos Estados Unidos como um todo, incluindo mesmo os habitantes de Nova York. Irá, continuou, continuar a encarar e a respeitar os nova-iorquinos como sempre o fez.
No final do seu discurso, terminou com uma forma alterada do seu jargão utilizado durante a sua campanha eleitoral e com a qual costuma terminar os seus discursos políticos no Brasil: Brasil e Estados Unidos acima de tudo.
Ainda nos Estados Unidos, Bolsonaro voltou a comentar sobre os protestos realizados no Brasil contra os cortes de recursos do governo na área da educação e ciência. Já antes, Jair Bolsonaro tinha apelidado os manifestantes de idiotas úteis, imbecis e massa de manobra. Desta vez, teceu acusações de que a esquerda brasileira estaria infiltrada nas instituições de ensino, o que, ainda segundo Bolsonaro, teria afetado a educação no país.
Acabou também desvalorizando as manifestações, ironizando sobre o estado da educação até ao fim do ano passado, como se a educação fosse uma maravilha no Brasil. Acusou ainda que o potencial humano brasileiro estaria sendo limitado pela infiltração da esquerda brasileira em grande parte das universidades e das escolas de ensino médio e fundamenta.
Os protestos seguem se o ambiente com origem nos cortes propostos pelo governo federal. Em dados revelados esta quinta-feira (dia 16), a percentagem de verba retida ultrapassa os 50% nas verbas não obrigatórias em algumas universidades, como é o caso da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde se estima um corte de 54% das verbas de despesas não obrigatórias.