Bolhas, coceira e descamação podem apontar disidrose
As causas da doença não são totalmente esclarecidas, mas sabe-se que é desencadeada pelo estresse, pela ansiedade e por outras emoções
- Data: 29/04/2024 15:04
- Alterado: 29/04/2024 15:04
- Autor: Redação
- Fonte: Hospital Santa Casa de Mauá
Bolhas, coceira e descamação podem apontar disidrose
Crédito:Divulgação
Parecem inofensivas as pequenas bolhas ou vesículas, com líquido incolor, que surgem nas mãos ou nos pés. No entanto, esses sintomas são consequência da disidrose, um tipo de eczema que causa um grande desconforto e, se não tratada, pode se tornar crônica.
De acordo com o dermatologista Antonio Lui, do Hospital Santa Casa de Mauá, a patologia não é contagiosa e atinge homens e mulheres entre 20 e 40 anos de idade. Embora seja muito comum no calor, também pode ocorrer no frio.
As causas da doença não são totalmente esclarecidas, mas sabe-se que é desencadeada pelo estresse, pela ansiedade e por outras emoções. Ela também é comum nas pessoas com dermatite atópica, com hiperidrose e com alergia ao níquel, ao cobalto e a alguns alimentos.
Além das bolhas nos dedos das mãos e dos pés, a coceira, a dor, a vermelhidão, a ardência e a descamação são outros sintomas característicos. O diagnóstico é clínico e alguns exames laboratoriais e de alergia podem ser solicitados para descartar outras possibilidades e patologias associadas.
O tratamento consiste em banhos de permanganato de potássio e compressas com água boricada 2%, que amenizam a coceira e a redução das bolhas. De acordo com a gravidade, o avanço da doença, as pomadas ou comprimidos à base de corticoide podem ser recomendados. Caso o fator emocional esteja envolvido além do tratamento com o dermatologista, pode ser necessário ainda o apoio de uma equipe multidisciplinar.
Em conjunto ao tratamento, alguns cuidados são recomendados como: não lavar as mãos muitas vezes ao dia e lavá-las com cuidado; utilizar sabonetes neutros; usar luvas de borracha ao lavar roupas e louças para não ter contato com o sabão e o detergente; ingerir bastante líquidos; reforçar a hidratação da pele com produtos indicados pelo médico e secar bem a região afetada após o contato com a água.
“A disidrose pode durar dias ou até semanas. Em casos crônicos, ela pode voltar em pouco tempo ou em alguns meses. A intensidade pode variar de acordo com o fator desencadeante e com a idade do paciente e, com o passar do tempo, as crises reduzem e podem até desaparecer”, explica o dermatologista Antonio Lui.
Caso as crises de disidrose sejam desencadeadas por algum tipo de alergia, é importante rever mudanças na dieta e, até, no estilo de vida. Embora ainda não tenha cura para a patologia, os sintomas podem ser controlados.
O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis – Mauá – fone (11) 2198-8300