Bolha paralímpica completa três meses com apenas um caso de Covid-19
Atletas e treinadores com autorização para treinar no CT Paralímpico têm sido submetidos a testes de PCR e sorologia com frequência regular, além de outras medidas de prevenção
- Data: 13/10/2020 14:10
- Alterado: 13/10/2020 14:10
- Autor: Redação
- Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro
Gabriela Mendonça
Crédito:Ale Cabral/CPB
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) registrou apenas um caso de contaminação por Covid-19 desde a reabertura parcial do Centro de Treinamento Paralímpico, na capital paulista, realizada em julho, após autorização da prefeitura de São Paulo.
Atualmente, cerca de 40 atletas de atletismo, natação e tênis de mesa e frequentam o CT Paralímpico diariamente para a realização dos treinamentos. Apenas essas modalidades foram autorizadas a retornar às atividades porque possuem o centro de excelência no próprio local.
“Conseguimos, baseado no nosso protocolo de segurança, promover um retorno seguro às atividades esportivas dos atletas paralímpicos do Brasil. Com isso, demonstramos, novamente, termos optado pelo melhor caminho durante este período de incertezas que ainda vivemos”, afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB.
A equipe médica do CPB tem submetido os atletas e treinadores a testes de PCR e sorologia com frequência, além de outras medidas de prevenção, como áreas específicas de circulação e rodízio de atletas durante os treinos, com limites de quantidade de pessoas por atividade e normas de distanciamento durante a permanência no CT.
Os procedimentos que estão sendo seguidos contemplam também outros momentos da rotina diária dos atletas, desde a sua saída de casa até o seu retorno à residência, como cuidados no transporte, em elevadores, acessos às estruturas esportivas, processamento de roupas, sanitização, alimentação e suplementação, entre outros.
Neste período, foram realizados 187 testes de PCR e outros 73 de sorologia em atletas e integrantes de comissão técnica que frequentaram o local desde então.
O protocolo, que contou com a coordenação do médico-chefe do CPB, Hésojy Gley, e apoio das áreas técnicas, enfermagem e fisioterapia, pode ser acessado neste link.
“Já são três meses em que a rotina de treinamento praticamente voltou ao normal. Posso dizer que passou rápido, muito mais rápido do que os 113 dias em casa esperando a reabertura do CT. Claro que não está tudo liberado ainda. Todos nós precisamos fazer adaptações, como por exemplo preparar nossa alimentação em casa já que o restaurante permanece fechado por questão de segurança. Mas só em ter uma piscina no padrão do nosso CT, a academia funcionando e a comissão técnica próxima da gente, podemos trabalhar 100%, o que é fundamental para a nossa preparação”, afirma o nadador pernambucano Phelipe Rodrigues, da classe S10.
“Está sendo bem positivo este retorno com a segurança que o CPB está nos proporcionando. Com certeza, havia uma preocupação dos atletas em relação aos protocolos e à rotina de treinos no CT. Mas, estamos sendo testados periodicamente, com medição de temperatura e oxigenação, com trajetos pré-definidos da entrada até ao espaço das mesas de tênis. Não podemos nem pegar as bolinhas que caem no chão durante os treinos antes de serem higienizadas. Então, todas essas medidas permitem que nós, atletas, fiquemos focados apenas nos treinamentos”, completa a gaúcha Danielle Rauen, da classe 9 do tênis de mesa.
Além disso, o CT Paralímpico permanecerá com as demais atividades, calendário de competições e treinamentos suspensos por tempo indeterminado. Funcionários e demais profissionais que atuam no local diariamente continuam em isolamento ou em trabalho home office.
“O protocolo traz confiança para os atletas. Independentemente das fases de reabertura que São Paulo e demais estados estão aplicando, o CPB continua mantendo as rotinas preventivas ao vírus sob rígidos padrões. Com isso, ficamos muito tranquilos e seguros para treinar”, finaliza a paranaense Lorena Spoladore, da classe T11 (atletas com deficiência visual) do atletismo.