Boletim da Fiocruz aponta tendência de queda de casos de SRAG
Levantamento mostra prevalência da covid-19 nos diagnósticos
- Data: 17/02/2022 16:02
- Alterado: 17/02/2022 16:02
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
Vista ampliada do Pavilhão Mourisco, também chamado Castelo da Fiocruz, localizado no campus Manguinhos. Este edifício é um singular exemplar arquitetônico inspirado na arte hispano-muçulmana e sua construção está inserida no contexto do ecletismo do início do século 20. Projetado pelo arquiteto Luiz Moraes Junior, o edifício começou a ser erguido em 1905 e foi concluído em 1918. O prédio foi projetado para abrigar laboratórios, biblioteca e salas de trabalho. Atualmente seus espaços foram reapropriados para uso administrativo e cultural.
Crédito:Raquel Portugal / FioCruz
O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado hoje (17), mostra sinal forte de queda nos casos notificados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país tanto na tendência de longo prazo, consideradas as últimas seis semanas, quanto na de curto prazo, que leva em conta as últimas três semanas.
Nas últimas quatro semanas, entre os casos positivos para algum vírus respiratório, a maior prevalência foi de covid-19, que representou 90,2% do total. A análise compreende o período entre 6 e 12 de fevereiro, considerada a Semana Epidemiológica 6, e tem como base os dados inseridos no SivepGripe até 14 de fevereiro.
De acordo com o boletim, a maior parte das unidades federativas apresenta sinal de queda na tendência de longo prazo e estabilidade ou queda no curto prazo: Amazonas, Bahia, Ceara´, Distrito Federal, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná´, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Em nove estados, há sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Piauí´, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia. No estado do Amapá´ observa-se sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo, com sinal de estabilidade em relação a` análise de longo prazo. Pará apresenta estabilidade e Roraima, estabilidade no curto prazo e crescimento, no longo.
De acordo com os indicadores de transmissão comunitária de SRAG, quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão, todas as capitais se encontram em macrorregiões de saúde com nível alto ou superior, a maioria, em nível alto.
A Fiocruz ressalta que, dada a heterogeneidade espacial da disseminação da covid-19 no país e nos estados, recomenda-se que sejam feitas avaliações locais, uma vez que a situação dos grandes centros urbanos e´ potencialmente distinta da evolução no interior de cada estado. A situação das grandes regiões do país serve de base para análise do cenário, mas não deve ser o único indicador para tomada de decisões locais.
Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, divulgados ontem (16), o Brasil chegou a 640 mil mortes em consequência da covid-19. Com 1.085 óbitos registrados em 24 horas, o país totalizou 640.774 vidas perdidas ao longo da pandemia.