Bienal de Arte Digital permanece no Oi Futuro até domingo (22)

Mais de 60 obras estão espalhadas pelos andares do Oi Futuro entre instalações, obras de arte visuais digitais e narrativas em audiovisual

  • Data: 20/01/2023 07:01
  • Alterado: 20/01/2023 07:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Bienal de Arte Digital permanece no Oi Futuro até domingo (22)

Público interagindo com a obra “Distâncias”

Crédito:Divulgação / Tadeus Mucelli

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Restam apenas mais alguns dias para quem quiser visitar a Bienal de Arte Digital, que ocupa o Oi Futuro até o próximo domingo, dia 22, com instalações, obras de arte visuais digitais, narrativas em audiovisual e uma diversidade de trabalhos de diferentes linguagens relacionados ao tema desta edição: “Condições de Existência”. É a última oportunidade para conferir obras de mais de 60 artistas nacionais e estrangeiros, que já foram vistas por mais de 17 mil pessoas que passaram pela exposição, que é totalmente gratuita. O patrocínio é da Oi, com incentivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A correalização é do Oi Futuro.

“Nesta segunda edição da Bienal de Arte Digital no Centro Cultural Oi Futuro, apresentamos ao público um panorama muito diverso de artistas que estão explorando nos meios digitais nossas mais complexas condições de existência. A Bienal fala sobre ancestralidade e futuro, sobre pandemia e liberdade, e sobre nosso desejo mais profundo pela conexão e pelo encontro. Um passeio poético e reflexivo sobre como é viver no mundo contemporâneo das mais diferentes perspectivas”, comenta Carla Uller, gerente executiva de Programas, Projetos e Comunicação do Oi Futuro.

Curador da Bienal, Tadeus Mucelli ressalta outros aspectos trazidos nesta edição: a memória no campo digital e as projeções de possibilidades de futuro. “As tecnologias têm uma capacidade de tornar imortais os acervos e a memória artística cultural, além de concederem um acesso infinito ao conhecimento para muitas gerações. Cabe a nós – curadores, pesquisadores, festivais, bienais, entusiastas da tecnologia e criadores – nos direcionarmos para o valor da nossa cultura, a fim de fazê-la permanecer ao longo do tempo”, analisa.

PARA QUEM VISITA O OI FUTURO

Mais de 60 obras estão espalhadas pelos andares do Oi Futuro entre instalações, obras de arte visuais digitais e narrativas em audiovisual. Estrelas do Deserto, de Felipe Carrelli, permite a experiência do participante, que é levado a explorar, através da realidade virtual, o cotidiano do povo Saaraui, que hoje está concentrado sobretudo em campos de refugiados no deserto do Saara.

Outro destaque é a arte interativa Distâncias, criada pelo francês Scenocosme, reúne virtualmente pessoas que não são capazes de se tocar fisicamente. Esta arte nasceu em abril de 2020, no contexto da pandemia, que nos obrigou a ficar isolados e a manter o distanciamento de outras pessoas.

Exibida no videowall no térreo, Canticum Digitale revê a composição do maestro Edino Krieger Canticum Naturale, cinquenta anos depois de sua criação, em 1972, ao transpor em imagens sua harmonia, ritmo e melodia. Enquanto a obra sinfônica é executada pela Orquestra Filarmônica de Goiás, sob a regência de Neil Thomson, com a participação da soprano Flávia Fernandes como solista, uma floresta em diálogo com a exuberante fauna e um rio em sua inquietação rumo ao mar são mostradas na tela. A gravação foi realizada exclusivamente para a peça audiovisual de arte digital.

Já Álbum de Estrelas, performance audiovisual de Débora Arruda, mostra o primeiro diálogo entre a artista e o pai, após o seu ‘encantamento’. Ela conta: “algumas semanas antes de gravar essa performance, sonhei com o meu pai cobrindo a janela do meu quarto com um manto roxo, fino, com vários buraquinhos. Nós, indígenas, nos guiamos pelos sonhos, pois é por meio deles que continuamos a conversar com nossos ancestrais”.

No audiovisual, a mostra MuMia recebe seis curtas-metragens de animação: A Double Life, de Job, Jors e Marieke, é uma deliciosa comédia dark sobre marido e mulher cujas ideias diferentes de conformidade de gênero levam a um confronto inesperado. Riot, de, Frank Ternier, fala de um jovem negro que é morto em uma briga com um vizinho vigilante e a polícia.  Sans Gravité, de Charline Parisot, Jérémy Cissé, Fioretta Caterina Cosmidis, Flore Allier-Estrada, Maud Lemaître-Blanchart Ludovic Abraham traz a história de um astronauta que volta à Terra e tenta se ajustar a ela novamente. The Kite, de Martin Smatana, trata da questão da morte, mas o faz de forma simples, metafórica e simbólica na relação entre o menino e seu avô. Sangro, de Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR, é a confissão de uma pessoa que vive com HIV. Carne, de Camila Kater, conta histórias íntimas de cinco mulheres e de suas experiências em relação aos seus próprios corpos.

FORA DO RIO

Quem está fora do Rio pode visitar uma das obras expostas através do link https://arium.xyz/spaces/delirios-digitais . O espaço imersivo Delírios Digitais, dos artistas Séfora Rios, Yves Marotta, Paulo Stoker, Juliana Fasuolo, traz uma instalação phygital (física e digital) que funciona como uma “chave de portal” para o metaverso. Assim que que aberto, “o portal” leva a um espaço imersivo que reúne sensações físicas aliadas ao contexto digital – onde uma nova realidade utópica se apresenta. Nele, há cores e traços de uma brasilidade digital através da obra de 15 artistas que, em comum, além de uma narrativa não-hegemônica, têm pautas como igualdade, liberdade e ode à natureza. Na página da Bienal https://bienalartedigital.com/metaverso/ está o passo a passo para a experiência.

Além de conhecer o metaverso, ainda é possível participar de atividades online gratuitas como a palestra do artista espanhol Solimán Lopez que tem a obra OLEA exposta no Oi Futuro; o workshop sobre vantagens e desvantagens do marketplace em arte digital e a oficina de ilustração digital. Basta se inscrever com antecedência https://bienalartedigital.com/participe . Veja abaixo as informações.

19 de janeiroàs 18h, Keynote com o artista espanhol Solimán Lopez. Ele, que já participou da edição de 2018, retorna em 2022 com a obra OLEA, que discursa sobre dados, criptografia, aproximação de espécies, conceitos, economias, sociedades e fluxos de informação que convergem. Em sua apresentação, Solimán irá abordar o contexto de biotecnologias, dados e informação. Seus trabalhos possuem forte apelo à ideia de dados e produção de conhecimento e memória.

19 de janeiroàs 19h, workshop Marketplaces Para Arte Digital e NFTs – by Bankless Brasil DAO vai discutir as vantagens e desvantagens do marketplace em arte digital. A proposta é refletir sobre o papel dos marketplaces para artistas, entusiastas e demais profissionais da arte e dos NFTs. A condução será feita por Guelfi, que irá abordar diferentes marketplaces para auxiliar na tomada de decisões.

21 de janeiroDas 14h às 17hOficina de Ilustração Digital com a ilustradora Layla Karoline. Ela vai conduzir os trabalhos dentro do ecossistema Krita – um software livre com suporte para PCs e dispositivos móveis. A ilustração digital é uma técnica muito utilizada por artistas visuais pois oferece vasta gama de possibilidades.

Participam da edição os seguintes artistas: Alê Moreira de Paula (Mixando a transmasculinidade), Alexandre Pinheiro (Prêmio Nobel), Alice Bucknell (The Martian Word for World is Mother), Allan França Carmo (Nhn), Luz Negra (Retorno Constante), Andressa Núbia (Yalode), Antonella Mignome (Entelechia Obscura), Beatriz Da Matta (Cabeça, Tudo é ideia, Corpo objeto sonoro, Gráfica mente, In in ter ruptores, Violeque, Estado Virente, Folhas secas), Beverley (an exercise in solitude), Cris Papion, Elias Oyxabaten, Zahy Guajajara (Brasil NFT – Artes Originárias), Bruma M Machado (Em_fusão), Bruno Alencastro (Obs-cu-ra), Camila Ferreira Soares (ITAARA), Camila kater (Carne), Carlos Eduardo Guariglia (Centena´rio da Semana de Arte Moderna: As relac¸o~es entre o ontem e o hoje), Cecillia Vilca (La Verdad), Charline Parisot, Jérémy Cissé, Fioretta Caterina Cosmidis, Flore Allier-Estrada, Maud Lemaître-Blanchart, Ludovic Abraham (Sans Gravité), Clélio de Paula (Gil Futurível), Débora Arruda (A´lbum de Estrelas), Delírios Digitais (Séfora Rios, Yves Marotta, Paulo Stoker, Juliana Fasuolo), Diego Machado (Sylphides 3.1), Elvys Souza Chaves (Jardim Cibernético 00.02.222), Eric Dos Santos (Procedimentos de Captura), Felipe Carrelli (Estrelas do Deserto), Felix Blume (Dream’Cricket), Fernando Velásquez (Go´ngora), Filippo Edgardo Paolini (OTIS), Frank Ternier (Riot), Gabriel Junqueira (Archviz Habitat), Guillaumit (Livelyyy), Iah Bahia Bruno De Carvalho (Subterfúgio), Jack Holmer (Ocupação Situação Desejo), Jean Moraes Oliveira (Máquinas de Dizeres), Jéferson Ge Vasconcelos (Destino: Av. Brasil), Jéssica Gaspar (Cansei da Esperança), Job, Jors e Marieke (A Double Life), Jody Zellen (The Waking Dream) , Jonas Esteves (Máquina Sensível), Jorge Mendes (BioFuturism), Juan Calvet (Olhares), Juliana Fasuolo (WE R HERE), Katerina Belkin (Floating Away), Katerina Belkin (For all mankind), Larissa Lopes (Mãe), Luiza Lima Furtado (Urna Sonífera), Luka yakymchuk (Mono), Marco Antonio Gonçalves Junior (A Felicidade É Feita De Metal, HAPPINESS IS A MADE OF), Martin Smatana (The Kite), Matheus Roberto (Victor 3.0), Miguel Bandeira (MAR – LAGOA DO BOQUEIRÃO), Miguel Medeiros (Degustando o metaverso), Nicolas Melmann (ARMONI´AS DESIGUALES), Orquestra Filarmônica de Goiás (Canticum Digitale), Pedro de Fillippis (Garoto Transcodificado), Pedro Henrique (Arma´rio), Rodrigo Faustini (Estamos todos aqui), Rynnard Milton Alves Dias (Memo´ria e Heranc¸a), Sandra Lapage (Carapaça), Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR (Sangro), Scenocosme (Distances), Soliman Lopez (OLEA), Thiago (Runas), Thiago de Souza (Dança e Imagem Sonora), Thiago Hersan (Infinitum), Zaika Dos Santos (Sesa Wo Suban).

BIENAL DE ARTE DIGITAL

Realizada em 2018 no Rio e em Belo Ho

rizonte com um público de mais de 70 mil pessoas, a Bienal de Arte Digital foi promovida pelo FAD, com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. A programação contou com artistas do Brasil, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Itália, México e Reino Unido, apresentando exposições, performances e simpósios com o tema “Linguagens Híbridas”. A proposta da Bienal é se tornar uma agenda nacional de arte digital e mostrar a cada dois anos obras e exposições que reflitam temas sociais importantes, evidenciando que a arte possibilita à tecnologia exibir suas experiências sociais

Oi FUTURO

O Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi, atua como um laboratório para cocriação de projetos transformadores nas áreas de Educação e Cultura. Por meio de iniciativas e parcerias em todo o Brasil, estimulamos o potencial dos indivíduos e das redes para a construção de um presente com mais inclusão e diversidade. Há 17 anos, o Oi Futuro mantém um centro cultural no Rio de Janeiro, com uma programação que valoriza a convergência entre arte contemporânea e tecnologia. O espaço também abriga o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, com acervo de mais 130 mil peças. Há 18 anos o Oi Futuro gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que seleciona projetos em todas as regiões do país por meio de edital público. Desde 2003, foram mais de 2.500 projetos culturais apoiados pelo Oi Futuro, que beneficiaram milhões de espectadores.

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