Bares e restaurantes pet friendly ganham simpatia de clientes

Como uma tendência de mercado, bares e restaurantes têm aberto as portas para os animais domésticos adotando o conceito pet friendly, onde são bem-vindos com seus tutores. Em geral, são em espaços reservados e que permitem a boa convivência entre os clientes.

Para o presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), Beto Moreira, há uma demanda para que os animais de estimação possam circular com seus donos e os consumidores estão cada vez mais buscando esses locais. “É um nicho que deve ser observado com atenção pela categoria”, acrescentou.

O Jangada, especializado em peixes e frutos do mar, em Santo André, não apenas percebeu esse movimento como decidiu atender ao pedido de clientes. Adotou o conceito pet friendly e mandou fazer uma placa de identificação para dar mais visibilidade à permissão de entrada de animais domésticos.

“Muitos pediam e questionavam, por isso, resolvemos reservar um espaço em que todos se sintam confortáveis. Deu muito certo. Ficamos realizados em ver a satisfação dos clientes”, afirmou o gerente, Kennedy Santos Silva. No local há um espaço com cinco mesas, que comportam 20 lugares. Além da permissão para entrar, os bichos têm à disposição uma cumbuca com água e biscoito. “Não temos um cardápio específico para pets, mas se o seu dono pedir uma fruta, não negamos”, explicou.

Segundo Kennedy, os clientes chegam no local e procuram a placa pet friendly, por isso, foi fixada em local bem visível. “Esse conceito atrai as pessoas e o movimento com pets aumenta no fim de semana, de sexta-feira a domingo”, comentou.

Para a boa convivência, o estabelecimento orienta os consumidores a manterem os cachorros na coleira, não deixar que coloquem patas em cima das mesas e nem dar alimentos com talheres do restaurante. “Sabemos que há clientes que não gostam de animais, mas aqui nunca tivemos qualquer reclamação”, revelou.

Reação – Apaixonada por cachorros, Valéria Vilella, empresária do ramo de tecnologia e tutora da Sofia, uma caramelo vira-lata, deixa de frequentar lugares que não aceitam animais. “Eu e meu esposo damos preferência a restaurantes com selo pet friendly, dos mais simples aos mais elaborados. Saímos muito com ela (Sofia) e curtir esses momentos não tem preço. Em tempos de pós-pandemia, dar atenção para as coisas boas que a vida oferece é uma oportunidade maravilhosa!”, afirmou.

Na opinião de Valéria, a Região do ABC ainda dispõe de poucos lugares na área gastronômica que permitem a presença de cachorros. “Muitos acham que você pode apenas amarrar o seu animal do lado de fora. Os comerciantes precisam entender que o cliente desse nicho não é bobo. Ele sabe distinguir aquele que visa somente o aspecto comercial e os que são comprometidos em oferecer uma experiência agradável para o tutor e seu pet”, ressaltou.

No entanto, Valéria disse que Sofia é bem acolhida no restaurante Jangada. “O local já é muito bom, mas esse tratamento é a cereja do bolo. Antes, eu saía e queria voltar logo pra casa porque sabia que ela ficava triste. Depois que conseguimos levá-la ao restaurante é como se nos sentíssemos em casa. E ela se comporta muito bem”, finalizou.