Barbosa defende no Senado que ajuste corrige impostos existentes, sem criar novos

O ministro do Planejamento, disse durante audiência na CAE do Senado que o foco do governo no ajuste fiscal foi ajustar impostos e tributos já existentes, e não criar nova carga tributária

  • Data: 17/03/2015 16:03
  • Alterado: 16/08/2023 17:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Barbosa defende no Senado que ajuste corrige impostos existentes, sem criar novos

Barbosa afirma que "A carga tributária tem de ser para atender à demanda da sociedade sobre o Estado"

Crédito:

Você está em:

“O que o governo fez foi a correção sobre impostos que já existem, não tem imposto novo.” Na audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o ministro destacou o papel dos impostos para atender à demanda de financiamento do Estado e programa do governo.

“O imposto também é um mecanismo necessário para o financiamento do Estado e para atender a demandas da sociedade”, disse.

“A carga tributária tem de ser para atender à demanda da sociedade sobre o Estado”, disse.

O ministro afirmou, ainda, que diante do momento de ajuste não é “possível uma redução de carga tributária”. Ele defendeu as desonerações da folha de pagamento. “Neste momento, faz parte revisar o que a gente acha que está no volume excessivo. Tenho total conforto em defender uma revisão do programa de desoneração que mantenha o programa”, disse.

Em resposta ao líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), Barbosa afirmou que não tinha arrependimento de ter colaborado com decisões tomadas pela área econômica dos governo Dilma Rousseff e Lula.

“A equipe econômica, entre dois economistas, sempre vai haver 20 opiniões. Contribuí em algumas coisas e não me sinto desconfortável de algumas medidas estarem em aprimoramento”, afirmou.

Barbosa defendeu na CAE o apoio do BNDES às exportações brasileiras de bens e serviços. Segundo ele, a construção de um porto em Cuba é uma forma de financiar a exportação de serviços.

“Você tem que financiar a construção da obra em sua localização. Vários países fazem isso, é a mesma natureza de financiar exportações de aviões da Embraer. É uma atividade normal e queremos exportar mais serviços de engenharia.

Se tivermos sucesso na África, serão mais e mais obras, assim como a China faz”, afirmou. “Isso não prejudica nem limita a capacidade do BNDES”, de acordo com Barbosa, e o fato de os contratos do BNDES serem secretos se deve a um entendimento da área jurídica do governo, e não da área econômica, segundo o ministro.

“O BNDES tem recursos mais limitados, mas dentro disso continua a priorização de obras de infraestrutura.”

Barbosa negou ainda que o elevado número de ministérios do governo Dilma tenha aumentado o gasto público. “A maior parte foi criada a partir da transformação de secretarias já existentes em ministérios”, afirmou, em referência às secretarias das Mulheres, Direitos Humanos e Assuntos Estratégicos. “Eles representam muito pouco em relação a gastos adicionais. Não acho que seja um grande peso orçamentário ao governo.”

O ministro disse ainda que o governo conta com 23 mil cargos comissionados, mas 17 mil são ocupados por funcionários públicos. “Apenas 6 mil não são, e essa é a correta comparação com outros países. Alguns governos estaduais têm até mais cargos de confiança.”

Barbosa disse também na CAE que o governo vai começar a discutir as bases do Plano Plurianual em abril. A discussão será feita por Barbosa e pelo ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto. “No PPA, grande parte da discussão é o desenvolvimento regional”, disse. Segundo ele, o governo vai lançar consultas públicas e iniciar debates para então enviar o projeto ao Congresso.

Compartilhar:

  • Data: 17/03/2015 04:03
  • Alterado:16/08/2023 17:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados