Banco Mundial eleva previsão para crescimento do PIB de Europa e Ásia Central
Para 2024, a expectativa é por aceleração a um avanço de 2,7% em 2024 e 2025, à medida que a inflação alivia, a demanda doméstica se recupera e o ambiente externo melhora
- Data: 06/04/2023 13:04
- Alterado: 06/04/2023 13:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O Banco Mundial aumentou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real da região da Europa e Ásia Central este ano, de 0,1% a 1,4%. Para 2024, a expectativa é por aceleração a um avanço de 2,7% em 2024 e 2025, à medida que a inflação alivia, a demanda doméstica se recupera e o ambiente externo melhora, projetou em relatório divulgado nesta quinta-feira, 6. A estimativa é 1 ponto porcentual menor que a de janeiro.
Para a Ucrânia, a projeção é de crescimento econômico de 0,5% neste ano, “após uma contração impressionante de 29,2% em 2022, ano da invasão da Rússia”. Em janeiro, o Banco Mundial previa uma contração de 2,3%.
“De acordo com estimativas recentes do Banco Mundial, o custo da reconstrução e recuperação na Ucrânia aumentou para US$ 411 bilhões, o que é mais de duas vezes o tamanho da economia ucraniana pré-guerra em 2021”, afirmou no documento.
Apesar do custo, o Banco Mundial acredita que a reabertura dos portos ucranianos no Mar Negro, a retomada do comércio de grãos e o apoio substancial de doadores estão apoiando a atividade econômica do país neste ano.
Já para a Turquia, o crescimento é projetado em 3,2% para 2023 (ante estimado em 2,5% em janeiro), e em uma média de 4,2% de 2024 a 2025.
A instituição calcula que os dois terremotos que atingiram o país no último dia 6 de fevereiro resultaram em danos diretos de cerca de US$ 34,2 bilhões, ou 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2021, sendo que os custos reais podem chegar ao dobro. O apoio do governo às famílias e os investimentos em meio aos esforços de reconstrução deverão sustentar o crescimento.
O relatório do Banco Mundial abordou ainda a “crise do custo de vida”, associada ao lento crescimento e à alta inflação. O documento constatou que a inflação na região foi 2 pontos porcentuais maior para os 10% mais pobres da população em comparação com os 10% mais ricos.