Balanço da Brock – 11/08/2022
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- Data: 11/08/2022 17:08
- Alterado: 11/08/2022 17:08
- Autor: Andréa Brock
- Fonte: ABCdoABC
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O dia da Democracia
Milhares de pessoas, entre os quais juristas, professores, artistas, empresários, se reuniram hoje nas imediações da Faculdade de Direitos da USP em São Paulo e em 26 estados, além do Distrito Federal, em um evento simultâneo, para a leitura da Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito e do sistema eleitoral. A data de 11 de agosto é simbólica: marca a criação dos cursos de Direito no país e uma passeata contra Collor, além da leitura da carta contra a ditadura em 1977. Os professores Flavio Flores da Cunha, Ana Elisa Bechara e o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, fizeram a leitura do documento. Durante o ato, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, relembrou o período da ditadura militar em que 47 pessoas da universidade foram mortas por lutarem contra o regime. “Cicatrizes ainda são visíveis”. Embora a carta não faça nenhum manifesto partidário, o ato foi marcado por manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, que insistentemente tem colocado em dúvidas o sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro tem feito diversas críticas à carta. Há três dias atrás o presidente afirmou em reunião na Febraban que “quem é democrata não precisa assinar cartinha”. A carta já conta com mais de 930 mil assinaturas até o momento.
Presidenciáveis enaltecem a carta
O presidente Jair Bolsonaro até o fechamento desta coluna não havia se pronunciado sobre o ato de hoje em Defesa da Democracia e do Estado de Direito. Já os presidenciáveis Ciro Gomes, Simone Tebet e Lula se manifestaram em suas redes sociais sobre a carta.
Momento de união, diz Ciro
Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT, escreveu: “Um momento de união de diferentes segmentos contra os recorrentes ataques de Bolsonaro aos nossos direitos, ao sistema eleitoral e ao próprio regime democrático, que é a maior de todas as nossas conquistas. Este é um compromisso de todos nós”, escreveu em suas redes sociais.
Direito à alimentação, disse Lula
O ex-presidente Lula, candidato à presidência pelo PT, escreveu em suas redes sociais: “Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo.”
Democracia sempre, disse Simone Tebet
“Estado de Direito sempre!. No dia do estudante, no histórico dia 11 de agosto, a sociedade levanta sua voz em defesa da democracia. Assinei o manifesto. Tenham certeza do meu compromisso. Minha candidatura representa exatamente isso: democracia sempre. Tolerância, paz e respeito.”
Senadores
Além dos presidenciáveis, os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, Humberto Costa (PT-PE), Eduardo Braga (MDB-AM), Nelsinho Trad (PSD-MS), Rondolfe Rodrigues (Rede-AP), Flavio Bolsonaro (PL-RJ), Baleia Rossi (MDB-SP), também se manifestaram sobre a carta em defesa da Democracia. “O Congresso Nacional sempre será o guardião da democracia e não aceitará qualquer movimento que signifique o retrocesso e autoritarismo”, afirmou Rodrigo Pacheco. Já o senador Flavio Bolsonaro, filho do presidente, se referiu à carta afirmando que “quem quer assinar a carta do ex-presidiário à “democracia” fique à vontade” e continuou “eu não quero no Brasil as “democracias que ele defende” e citou Cuba e Coreia do Norte.