Azzas, fusão de Arezzo e Soma, lucra R$ 128 milhões no segundo trimestre
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado atingiu R$ 191,8 milhões, 7,8% superior ao do ano anterior.
- Data: 14/08/2024 20:08
- Alterado: 14/08/2024 20:08
- Autor: Redação
- Fonte: FolhaPress/Daniele Madureira
Crédito:Reprodução
A Azzas, empresa resultante da fusão entre Arezzo e Soma anunciada em fevereiro, apresentou na noite de terça-feira (13) seu primeiro balanço. A companhia, que se tornou a maior gestora de marcas de moda da América Latina, dona de 34 marcas, registrou receita líquida de R$ 1,35 bilhão no segundo trimestre de 2024, alta de 20% sobre o mesmo período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) consolidado atingiu R$ 191,8 milhões, 7,8% superior ao do ano anterior. O resultado financeiro ficou estável, negativo em R$ 44,1 milhões. Já o lucro líquido entre abril e junho avançou 27,3% para R$ 127,9 milhões.
A empresa encerrou o trimestre com caixa de R$ 563 milhões. A dívida bruta somou R$ 1,2 bilhão, enquanto a dívida líquida atingiu R$ 649 milhões. A alavancagem atingiu 0,8 vezes o Ebitda.
A Azzas adotou mudanças no critério de reconhecimento contábil das subvenções do benefício do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o que gerou um impacto positivo de R$ 42 milhões no lucro líquido no primeiro semestre. Assim, para efeito de comparação, a companhia também divulgou os resultados excluindo as subvenções.
Sob esse critério, a receita líquida subiu 9%, para R$ 1,13 bilhão. O Ebitda somou R$ 203,4 milhões, um crescimento de 2,6%. Já o lucro da Azzas ficou em R$ 93,6 milhões no segundo trimestre, queda de 17,8% na comparação anual.
“Vamos priorizar o canal e-commerce, especialmente agora, que contamos com uma base ativa de 11 milhões de CPFs únicos”, disse Alexandre Birman, CEO da companhia, nesta quarta (14), durante teleconferência de resultados, referindo-se à base unificada de clientes.
De acordo com relatório do banco Goldman Sachs, o grupo apresentou resultados “amplamente alinhados com as expectativas”. O banco destacou que o comércio eletrônico teve um “desempenho superior” no trimestre, com alta de 22%. O relatório chamou a atenção, porém, para o aumento das despesas gerais e administrativas (24%), puxado pelos gastos com a abertura de 28 lojas próprias no período.
O grupo de varejo de moda soma R$ 11,4 bilhões em valor de mercado, com base no valor da ação desta terça (R$ 55,16). O faturamento dos últimos 12 meses somou R$ 12,7 bilhões. O grupo é capitaneado pelo herdeiro da Arezzo, Birman, enquanto a presidência do conselho está com Pedro Parente.
A nova companhia, que soma mais de 2.000 lojas, entre próprias e franquias, conta com quatro verticais de negócio: calçados e bolsas; vestuário e lifestyle feminino; vestuário e lifestyle masculino; e vestuário democrático.
Roberto Jatahy, atual presidente do Soma, é o principal executivo da unidade de vestuário feminino. Rony Meisler, ex-presidente do grupo Reserva, adquirido pela Arezzo em outubro de 2020, é o presidente da unidade AR&Co., que inclui as marcas de vestuário masculino do Reserva, além da grife feminina Reversa. Thiago Hering continua como CEO da unidade de negócios Hering.
Nesta quinta (15) a empresa realiza o Azzas 2154 Day, voltado a investidores, na sede da Hering, em Blumenau (SC).
RAIO-X AZZAS
Fundação: 2024
Marcas: 34, entre elas, Arezzo, Hering, Schutz, Anacapri, Animale, Farm e Fábula
Faturamento anual*: R$ 12,7 bilhões
Fábricas: 8 (quatro de calçados e quatro de vestuário) e 7 CDs (centros de distribuição)
Lojas: mais de 2.000 (cerca de 500 próprias e 1.500 franquias)
Funcionários: 24 mil