Autoridades prometem atitudes após incidentes antes da final da Liga dos Campeões
Segundo ministro francês, o problema foi causado por uma avalanche de ingressos falsificados
- Data: 02/06/2022 09:06
- Alterado: 02/06/2022 09:06
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Nesta terça-feira, dois ministros do governo francês, Gérald Darmanin, do Interior, e Amélie Oudéa-Castera, dos Esportes, Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, foram ao Senado francês, para falar sobre os incidentes nas imediações do Stade de France, que causaram tumulto e impediram a entrada de milhares de torcedores, antes da final da Liga dos Campeões, entre Real Madrid e Liverpool.
Segundo Darmanin, o problema foi causado por uma avalanche de ingressos falsificados. “Na tarde do jogo, havia, nas imediações do estádio, entre 30 mil e 40 mil pessoas com entradas falsas ou sem ingressos, além de 75 mil torcedores portadores de ingressos”, disse ele, mostrando dados da polícia, Federação Francesa de Futebol e da SNCF, a empresa responsável pelo transporte ferroviário no país.
“A nossa organização poderia ter sido melhor: mesmo que os incidentes fossem imprevisíveis, deveria ter havido mais presença policial e reforço no número de câmeras de monitoramento por vídeo.” Darmanin admitiu que, em “alguns casos, o uso de bombas de gás lacrimogêneo foram contrários às regras, que estes abusos estão sob investigação e que haverá sanções”.
Os dois ministros anunciaram que vão se reunir na próxima semana com autoridades britânicas, quando será tratado um apoio das autoridades francesas a cidadãos britânicos e espanhóis, que pretendem iniciar processos de reparação por danos sofridos em virtude dos incidentes. “Nossa abordagem pretende ser a mais transparente possível”, disse Oudéa-Castera.
Além disso, diante do fracasso a que foi exposto o esquema de filtragem de torcedores, ao redor do Stade de France, os ministros anunciaram que um novo dispositivo de segurança já estará disponível para a partida entre França e Dinamarca, pela Liga das Nações. “Trato esses acontecimentos como uma ferida ao nosso orgulho nacional e eles exigem resposta imediata”, concluiu Darmanin.