Ato multicultural SOS Paranapiacaba, não ao centro logístico
Dia 3 de fevereiro de 2019, a partir das 11h da manhã, o movimento SOS Paranapiacaba realizará grande ato multicultural em Santo André, em frente à estação Prefeito Celso Daniel
- Data: 24/01/2019 13:01
- Alterado: 13/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: assessoria
Crédito:divulgação
A ação marca o início das atividades do SOS Paranapiacaba(*) contra a empresa “Centro Logístico Campo Grande” que quer instalar na região um pátio para armazenar contêineres, desmatando grande área, poluindo, afetando a fauna e a flora e levando enorme tráfego de caminhões para o perímetro.
“O Centro Logístico, como diz o nome, é um terminal multimodal que prevê mais de 1.680 caminhões por dia em rodovias que não o comportam, Adib Chamas e Índio Tibiriçá. Não é um empreendimento ferroviário, ao contrário do que estão tentando dizer à população.” – Raquel Fernandez Varela – Engenheira Civil
O evento contará com vários shows e tem como objetivo alertar e mobilizar a população da região metropolitana de São Paulo para lutar contra esta ameaça ambiental.
“Desmatamento, extinção de espécies, desaparecimento de nascentes, poluição, milhares de contêineres e caminhões, esse é o futuro que planejam para a Serra do Mar. Nós não concordamos e vamos lutar contra!” – Jairo Costa, escritor e produtor do ato multicultural contra o centro logístico.
Este será o terceiro ato promovido pelo SOS. Os outros dois aconteceram na Vila de Paranapiacaba em 2018; no primeiro, moradores e ativistas ambientais conheceram in loco a região onde se pretende instalar o depósito de contêineres, também chamado de “Porto Seco” e o segundo foi uma Bicicletada/Massa Crítica que reuniu mais de 500 ciclistas de várias regiões da grande São Paulo para pedalar na vila histórica ferroviária contra o empreendimento.
“Um vilarejo imensurável no meio da Mata Atlântica, lugar tão único que é possível sentar na praça e ver o dia clarear sem perceber que a noite se foi.” – Val Matos – Pedagoga/Monitora Ambiental e Cultural, moradora de Paranapiacaba.
Poetas e músicos se apresentarão gratuitamente durante o ato, que é organizado por professores, estudantes, intelectuais e artistas do ABC paulista. Todos têm vínculo afetivo com a vila de Paranapiacaba, conhecem sua história e os riscos à Mata Atlântica, se o projeto do “porto seco” seguir adiante.
“Paranapiacaba não é apenas uma vila ferroviária, um patrimônio tombado, ela é toda a paisagem que a envolve, reserva florestal única que deve ser preservada para garantir a produção da água e da vida.” – Silvia Helena Passarelli, professora da UFABC.
As atrações confirmadas para o ato multicultural são: Edvaldo Santana, Claudia Lima, bandas Take 9001, Giallos, Sentimento Carpete, Krias de Kafka, Copo Largo e Projeto Nave.
“A vila é acima de tudo um polo turístico em potencial, com turismo de contemplação da natureza, turismo de aventura, bem como local de encontro de motociclistas e ciclistas que desfrutam da vila todos os finais de semana.” – Edson Rizzo. Advogado. Cicloativista.
“O desenvolvimento de Santo André deve ser feito em harmonia com a natureza e respeitando a qualidade de vida atual das pessoas que moram em Paranapiacaba. Essa é a nossa bandeira.” – Helton Costa – Engenheiro Civil.
(*) O SOS Paranapiacaba é um movimento iniciado em abril de 2018 para barrar a construção do “Centro Logístico Campo Grande”. É composto por moradores da vila ferroviária, estudantes, professores, profissionais liberais, funcionários públicos etc.
Serviço
Gratuito, para todas as idades.
Ato SOS Paranapiacaba, não ao centro logístico.
Data: 3 de fevereiro de 2019 (domingo).
Horário: Das 11h às 18h
Local: Estação Ferroviária Prefeito Celso Daniel (CPTM Santo André-SP).
Artistas que se apresentarão durante o ato:
Edvaldo Santana
Edvaldo Santana formou na década de 1970 o grupo Caaxió, com os amigos Fernando Teles, Luciano Bongo e Zé Bores. Depois de assinar contrato com uma gravadora, a banda passou a se chamar Matéria Prima. O primeiro disco, também chamado Matéria Prima, foi lançado em 1975, com o sucesso Maria Gasolina. Ao mesmo tempo, Edvaldo iniciava uma amizade com Tom Zé, que o aproximou do grupo da Vanguarda Paulistana. Integrou na década de 1980 o Movimento Popular de Arte, que lançaria um disco coletânea em 1985. Diversificou as parcerias, compondo com Paulo Leminski, Tom Zé, Haroldo de Campos e Arnaldo Antunes.
Projeto Nave
Com 20 anos de estrada e parcerias com alguns dos maiores nomes da música brasileira, o Nave já fez história na cena musical do ABC e no chamado “Baixo Augusta”, em São Paulo. Os músicos já tocaram com mais de 300 MCs e gravaram mil músicas, sendo a banda base do programa Manos e minas, veiculado na TV Cultura. Dentre as parcerias do projeto Nave estão Elza Soares, Emicida, Edi Rock, Rodrigo Brandão, Rico Dalasam, Don L, Black Alien, Gog, Marechal, entre outros.
Sentimento Carpete
O Sentimento Carpete tem mais de 10 anos de trajetória escrevendo letras e melodias inspiradas no universo cotidiano, sobre sólidas influências de punk rock, surf music e rock and roll.
Unindo bom humor e Chuck Berry, notícias de tabloides e Replicantes, vida real e The Queers, lançaram um álbum homônimo em 2012 e outro em 2016, “A Síndrome de Tiger Woods”, em formato de ópera rock! Tem um videoclipe gravado durante uma turnê na Argentina – “Zidane” – e centenas de shows já realizados pelo Brasil.
Giallos
Giallos é um trio formado por Flávio Lazzarin (bateria), Luiz Galvão (guitarra) e Claudio Cox (vocal). O grupo é influenciado pelo rock de garagem e primitivo de todas as épocas, filmes B dos anos 60 e 70, blues, free jazz e punk.
As atividades começaram no final de 2010 e já lançou quatro trabalhos. ¡CONTRA! é o nome do disco de estreia, lançado independente em outubro de 2013 com uma edição limitada em vinil e K7. O trabalho mais recente, Amor Só De Mãe, foi lançado em abril de 2016 pelo selo carioca Transfusão Noise Records e tem edição limitada em K7.
Durante os 8 anos de estrada, acumula apresentações por diversas casas da capital e do ABC paulista, além de ter visitado o interior de São Paulo e as capitais Rio de Janeiro e Porto Alegre. No currículo ainda consta a participação no projeto Prata da Casa, do Sesc Pompeia, em 2014. O show rendeu o bootleg Live at Pompeii (lançado no mesmo ano) e uma segunda apresentação, dentro da Mostra Prata da Casa, em março de 2015.
O último lançamento foi em 2017, Blaxxxploitation, um EP com 3 faixas + 3 versões acapella para remixes. Deste também saiu o primeiro vídeo oficial da faixa título, produzido pela banda e pelo núcleo 74CLUB.
Krias de Kafka
Criada em 2004, em Santo André, Krias de Kafka aposta em poesias compostas por Mateus Novaes misturadas a um rock’n’roll cru para formar sua identidade. Uma mistura de punk póstumo com melhor do rock barulhento.
A banda lançou em dezembro de 2017 seu segundo álbum independente, “Deserto Sem Extraterrestres”. O trabalho foi viabilizado graças a uma campanha de financiamento coletivo realizada na internet, com a pré-venda de 50 kits compostos por CD, camiseta e adesivo.
Cláudia Lima
Claudia é cantora e arte educadora andreense. Sempre morou no ABC Paulista e faz uso da voz para expressar não só as belezas da vida, mas também para denunciar as destruições da mesma.
Take 9001
A banda já teve muitos nomes e convencionou-se que desta vez se chamaria TAKE 9001, aludindo ao número de tentativas de retorno, que não foram poucas…
Ter uma banda é algo como um casamento providenciado no swing. Uma baderna conformada em brigas, ilusões, desilusões, ataques, abraços, apoios e acusações que ou se fundamenta na amizade, ou se divorcia antes da núpcia. Hoje, TAKE 9001 se apresenta sob a seguinte configuração: Kaze na guitarra e berro, Digão no baixo e Davu na batera.
Copo Largo
Copo largo é o projeto musical do artista plástico Daniel Camatta.