Atividade informal cresce 4,6% e Brasil soma 13,2 milhões de trabalhadores sem carteira assinada
Dados do IBGE mostram crescimento na média anual de trabalhadores informais no país em 2023.
- Data: 15/09/2023 12:09
- Alterado: 15/09/2023 12:09
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
9 em cada 10 informais gostariam de ter carteira assinada
Crédito:Tânia Rego/Agência Brasil
Ter um emprego estável é o sonho de muitos brasileiros que lutam para atingir a independência financeira e não depender de terceiros. Dentro deste cenário, a busca por uma ocupação formal é uma meta comum, mas nem sempre possível para todos os trabalhadores. Em meio às dificuldades econômicas e do mercado de trabalho competitivo, muitas pessoas encontram na atividade informal uma alternativa para garantir a subsistência, sustentar famílias ou fazer uma renda extra.
No cenário econômico atual, o trabalho informal desempenha um papel significativo na vida de muitas pessoas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2022, a média anual de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 12,9 milhões, cerca de 14,1% a mais do que no ano de 2021.
Em fevereiro de 2023, este número saltou para 13,2 milhões de trabalhadores informais no Brasil, aumento de 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE.
Esses dados mostram que a busca por emprego formal nem sempre é bem-sucedida, levando muitos trabalhadores a encontrar alternativas por meio do empreendedorismo ou trabalhos autônomos. Apesar das vantagens e flexibilidade oferecidas pelo trabalho informal, existem desafios financeiros que podem surgir ao longo do caminho.
Uma pesquisa desenvolvida e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) aponta que nove em cada 10 trabalhadores informais ‘gostariam’ de ter a atividade profissional formalizada.
Desafios
A principal questão enfrentada por muitos trabalhadores informais é a irregularidade de renda. Ao contrário de empregos formais que geralmente oferecem salários regulares, os rendimentos dos trabalhadores informais podem variar significativamente de mês a mês, o que pode dificultar o planejamento financeiro, resultando em incertezas sobre como pagar contas, despesas emergenciais e até mesmo como investir no crescimento do negócio.
Junto a isso, os trabalhadores informais não têm garantias estabelecidas pela proteção legal como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-maternidade, pois não contribuem para a Previdência Social. Essa incerteza pode contribuir para o desenvolvimento de problemas psicológicos como ansiedade e depressão e afeta diretamente a qualidade de vida do trabalhador.
Trabalho informal e a Economia
Na economia, o trabalho informal desempenha um papel essencial, garantindo emprego e renda para milhões de pessoas em todo o mundo. Muitos trabalhadores informais encontram oportunidades em setores como vendas ambulantes, prestação de serviços autônomos, trabalhos temporários e artesanato, contribuindo significativamente para o crescimento econômico de uma região e colaborando para o giro do capital.
No âmbito pessoal, a flexibilidade do trabalho informal permite que os trabalhadores equilibrem suas atividades profissionais e pessoais de forma mais adaptável do que em trabalhos formais, o que é especialmente importante em tempos de incerteza econômica.
Custos não programados
Existe um cenário que assusta quem vive da renda de um trabalho informal. Quando os trabalhadores informais se deparam com custos que não estavam programados, estes desafios podem acarretar em uma instabilidade financeira. Diferente dos empregos formais, onde há um salário fixo e garantido, os rendimentos dos trabalhadores informais costumam variar de acordo com as demandas do mercado ou sazonalidades.
Essa volatilidade torna difícil o planejamento de gastos e despesas essenciais, como moradia, alimentação e educação. Com isso, emergências imprevistas, como despesas médicas ou reparos domésticos, podem afetar o orçamento desses trabalhadores. Sem uma rede de segurança financeira, a falta de previsibilidade dos ganhos e o impacto desses gastos inesperados podem levar a dificuldades para honrar compromissos financeiros e até mesmo ao endividamento excessivo.
Neste cenário, uma opção a ser considerada é o empréstimo pessoal, que pode oferecer o suporte financeiro necessário para superar momentos de aperto e garantir a continuidade das atividades profissionais sem comprometer a qualidade de vida. A alternativa possibilita um o acesso ao valor de forma imediata e com juros significativamente menores do que uma dívida de cartão de crédito, por exemplo.
No entanto, mesmo ciente de que o empréstimo pessoal pode ser uma solução valiosa, é essencial que os trabalhadores informais o utilizem de forma responsável para evitar o endividamento excessivo. Veja dicas:
1 – Planeje com antecedência: Antes de solicitar um empréstimo, avalie suas necessidades financeiras e determine o valor exato que você precisa.
2 – Pesquise as opções: Compare diferentes instituições financeiras para encontrar a taxa de juros e os termos mais adequados ao seu perfil.
3 – Estabeleça um cronograma de pagamento: Certifique-se de que o empréstimo pode ser reembolsado dentro do seu fluxo de caixa para evitar atrasos e multas.
4 – Use o empréstimo para investir no crescimento: Se estiver buscando expandir seus negócios, utilize o empréstimo para investir em iniciativas que possam aumentar sua renda.
Conclusão
O trabalho informal é uma realidade presente na vida de muitas pessoas e que vem crescendo no Brasil ao longo dos últimos anos. A atividade proporciona oportunidades e flexibilidade, no entanto, também torna necessário enfrentar desafios financeiros e lidar com a incerteza que costuma existir para esses trabalhadores.