Amparo (SP) confirmou a primeira morte por dengue em 2025

A vítima, uma mulher de 46 anos, estava internada

  • Data: 22/01/2025 08:01
  • Alterado: 22/01/2025 08:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
Amparo (SP) confirmou a primeira morte por dengue em 2025

Crédito:Divulgação/Fiocruz

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Amparo, cidade localizada no interior de São Paulo, confirmou a primeira morte por dengue na região de Campinas em 2025. A informação foi confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz e divulgada pela prefeitura local nesta quarta-feira, 22 de janeiro. A vítima, uma mulher de 46 anos, estava internada e faleceu no dia 4 do mesmo mês. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre possíveis comorbidades que a paciente pudesse ter.

A cidade, que integra o Circuito das Águas Paulista, também foi pioneira na decretação de emergência em resposta ao surto da doença neste ano. Segundo os dados mais recentes, Amparo já registrou um total de 291 casos de dengue em 2025 e investiga outros quatro óbitos relacionados à infecção. Em 2024, a cidade havia registrado uma morte causada pela mesma doença.

O governo municipal tomou a decisão de declarar emergência após observar um aumento significativo nos casos entre os dias 1 e 14 de janeiro. Essa medida permite a implementação rápida de ações para combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. Com o decreto, a prefeitura está autorizada a adquirir insumos e equipamentos, além de contratar serviços sem a necessidade de licitação.

O aumento dos casos é alarmante, especialmente considerando que as autoridades estão também permitindo a suspensão das férias e folgas dos agentes responsáveis pelo controle da epidemia.

Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil tem experimentado um aumento notável nos casos de dengue no início deste ano. Esse crescimento foi observado especialmente nas últimas semanas de dezembro de 2024, quando o sorotipo DENV3 começou a se disseminar rapidamente. Este sorotipo representou 31,8% dos casos registrados no Amapá, 28,7% em São Paulo, 18,2% em Minas Gerais e 9,3% no Paraná.

Esses estados estão liderando a circulação do DENV3, que apresenta um aumento preocupante em comparação com outros sorotipos predominantes como DENV1 e DENV2. Especialistas alertam que essa taxa crescente pode resultar em um cenário preocupante para o sistema de saúde nacional, aumentando expressivamente o número de diagnósticos em um curto período. O alerta se intensifica ainda mais após um ano (2024) que já havia sido marcado por recordes no número de diagnósticos.

A professora Maria Anice Mureb Sallum, da Universidade de São Paulo (USP), destacou que “o crescimento dos casos do sorotipo DENV3 é preocupante porque uma parte significativa da população é suscetível; isso ocorre devido ao fato de que o vírus circulou em níveis baixos nos últimos anos, fazendo com que muitas pessoas não desenvolvessem imunidade contra esse sorotipo”.

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  • Data: 22/01/2025 08:01
  • Alterado:22/01/2025 08:01
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