Alberto Fernández diz que Evo poderá se asilar na Argentina depois de sua posse

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse nessa quinta-feira, 14, que o ex-presidente boliviano Evo Morales poderá se asilar no país sul-americano

  • Data: 15/11/2019 15:11
  • Alterado: 15/11/2019 15:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Alberto Fernández diz que Evo poderá se asilar na Argentina depois de sua posse

Alberto Fernández diz que Evo poderá se asilar na Argentina depois de sua posse

Crédito:Divulgação

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Depois que ele iniciar seu mandato no dia 10 de dezembro.

“A Argentina é a casa de todos os bolivianos, e para mim, no dia em que chegar à presidência, será uma honra receber Evo Morales e (o ex-vice-presidente boliviano) Álvaro García Linera no país” disse Fernández em uma entrevista coletiva na capital uruguaia, Montevidéu.

“Se eu fosse presidente neste momento lhes teria oferecido asilo desde o primeiro dia. A Argentina é sua casa, por isso os receberei com gosto”, acrescentou o presidente eleito.

A Argentina faz divisa com a Bolívia e, de acordo com o último censo, a comunidade boliviana constitui a segunda maior coletividade de estrangeiros do país, assim como a segunda mais ativa economicamente.

O governo do atual mandatário argentino, Mauricio Macri, ainda não se pronunciou sobre a legitimidade das novas autoridades bolivianas.

Evo no México

Atualmente, Evo se encontra no México, cujo governo lhe ofereceu asilo político. O líder indígena renunciou no domingo, 10, sob pressão e em meio a enfrentamentos entre simpatizantes e opositores, na esteira da publicação de um relatório que denunciou uma fraude nas eleições presidenciais – as quais haviam concedido a ele um quarto mandato.

Após quatro anos da presidência neoliberal de Macri, o cargo passará às mãos do peronista Fernández, que terá como desafio recuperar a economia argentina, atualmente mergulhada em uma recessão e com uma inflação anual de mais de 50%.

No Uruguai, para onde viajou para apoiar Daniel Martínez, candidato presidencial uruguaio da Frente Amplia, o presidente eleito argentino contou que recebeu convites de mandatários europeus para as próximas semanas.

Cuba repatriará ‘funcionários de cooperação’ da Bolívia

Cuba repatriará a partir desta sexta-feira, 15, 725 “funcionários de cooperação” da Bolívia, que chegaram ao país desde o primeiro governo de Evo Morales, principalmente para trabalhar com cuidados médicos e assistência em educação, informou a chanceler boliviana Karen Longaric.

“Houve uma longa conversa com o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, em termos muito respeitosos, muito amistosos. Eles estão retirando a partir desta sexta-feira 725 cidadãos cubanos que cumprem funções de cooperação em diferentes áreas”, afirmou ela.

“Acho que é oportuna e necessária essa saída, e acho que isto também vai permitir um tratamento respeitoso, como sempre houve entre Cuba e Bolívia”, acrescentou.

A saída dos funcionários se dá em um contexto em que vizinhos da cidade de El Alto entregaram à polícia, na quarta-feira, três cidadãos cubanos com uma mochila na qual transportaram 90 mil bolivianos (cerca de US$ 13 mil) destinados, segundo as autoridades, a financiar movimentos de protesto contra o novo governo provisório.

Karen Longaric não se referiu a esta versão na reunião com jornalistas locais. A chefe da diplomacia boliviana também revelou que “tudo leva a tirar os funcionários que temos na Venezuela e reconstituir as relações da Bolívia com esse país, mas em um contexto de democracia e respeito fundamental pelos princípios do direito internacional e, fundamentalmente, por respeito pelos direitos humanos”.

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  • Data: 15/11/2019 03:11
  • Alterado:15/11/2019 15:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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