ADPESP rebate secretário estadual de Fazenda e expõe penúria salarial da Polícia Civil

O jornal Estado de São Paulo publicou nesta segunda-feira, 12, declaração do secretário estadual de Fazenda Henrique Meirelles sobre não haver discussão de aumento salarial dos servidores para 2022: “Não tem nem discussão sobre isso. Não há essa demanda. Não acredito”, disse Meirelles ao veículo. A declaração causou perplexidade à Associação dos Delegados de Polícia […]

  • Data: 13/07/2021 09:07
  • Alterado: 13/07/2021 09:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: ADPESP
ADPESP rebate secretário estadual de Fazenda e expõe penúria salarial da Polícia Civil

Crédito:Agência Brasil

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O jornal Estado de São Paulo publicou nesta segunda-feira, 12, declaração do secretário estadual de Fazenda Henrique Meirelles sobre não haver discussão de aumento salarial dos servidores para 2022: “Não tem nem discussão sobre isso. Não há essa demanda. Não acredito”, disse Meirelles ao veículo.

A declaração causou perplexidade à Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), que ano após ano segue alertando sobre a penúria salarial dos policiais civis paulistas. No caso dos delegados, o salário é, de fato, o pior da federação.

É motivo de surpresa, ainda, a aparente falta de comunicação entre membros do governo, já que o próprio governador João Doria fez, por repetidas vezes, promessas de colocar os policiais paulistas entre os mais bem remunerados do país, à exceção do DF, até o fim de seu mandato. Entretanto, até o momento, foi concedido somente um reajuste pífio de 5%, absorvido em seguida pelo aumento da alíquota previdenciária imposta aos policiais civis.

A entidade também segue destacando em seus canais oficiais e por meio de artigos e matérias na imprensa que apesar da pandemia vários estados estão conseguindo valorizar seus policiais, com exceção de São Paulo – a despeito do aumento da arrecadação, noticiado na mesma matéria.

Além do pior salário do país, a Policia Civil do estado de São Paulo amarga o maior déficit de pessoal de sua história, chegando a 1/3 do efetivo – consequência direta dos baixos salários e desvalorização.

A ADPESP critica ainda a total falta de diálogo entre o governo do estado e as entidades representativas de classe, deixando assim de conhecer a verdadeira realidade e os anseios daqueles que estão na linha de frente da atividade policial.

Neste sentido, a Associação tem feito uma série de ações e propostas para reestruturação do plano de cargos e salários da Polícia Civil, mas parece faltar boa vontade do governo do estado em promover a motivação e a valorização de seus policiais.

Resta pouco tempo para o governador mostrar que valoriza, ao menos, sua própria palavra.

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