Acordo entre USP e consulado da Coreia do Sul permite continuidade do curso de coreano em 2024
Docente será cedido por Seul à universidade no próximo ano letivo; alunos em greve pedem contratação de professores
- Data: 09/10/2023 10:10
- Alterado: 09/10/2023 10:10
- Autor: Bruno Lucca e Isabela Palhares
- Fonte: Folhapress
Universidade de São Paulo (USP)
Crédito:George Campos/Jornal da USP
Um acordo entre a FFLCH (Faculdade de Letras, Filosofia e Ciências Humanas), da USP, e o consulado da Coreia do Sul em São Paulo vai garantir a continuidade da habilitação em coreano do curso de Letras da universidade em 2024.
Um professor de coreano será cedido à USP por Seul no próximo ano letivo. O acordo para a vinda do profissional foi assinado na sexta-feira (6), em visita do cônsul-geral da República da Coreia do Sul, Insang Hwang, à Cidade Universitária, na zona oeste paulistana.
Além do cônsul, participaram do encontro o professor e diretor da FFLCH, Paulo Martins, os professores Antonio José Bezerra de Menezes Junior e Lusine Yeghiazaryan, respectivamente chefe e vice-chefe do Departamento de Letras Orientais, a professora Yun Jung Im Park, da área de Língua e Literatura Coreana, e Vivian de Castro, chefe de serviço de relações internacionais.
Segundo a comunicação da FFLCH, na reunião foram apresentadas as dificuldades enfrentadas pelo curso de coreano atualmente, como a falta de professores. Diante do exposto, a faculdade e o governo da Coreia do Sul, por meio da Korea Fundation, prorrogaram a parceria o que vai proporcionar a oferta da habilitação em coreano em 2024.
O departamento de Letras Orientais da FFLCH sofre há anos com a falta de docentes. Lá funcionam as graduações em árabe, armênio, russo, chinês, japonês, hebraico e coreano.
O temor de uma eventual extinção de algum desses cursos foi faísca para a greve em vigor na universidade – com exceção da Escola Politécnica, que deu fim à paralisação.
Há mais de três semanas, o movimento estudantil paralisa aulas. Os grevistas sintetizam suas demandas em cinco eixos: contratação de professores; aumento de auxílio para permanência estudantil; melhoras estruturais na USP Leste; promoção de vestibular indígena; e valorização dos direitos estudantis. A admissão de novos docentes é o tema mais debatido.
Em uma tentativa de dar fim à greve, a reitoria da USP ofereceu na última quarta (4) a contratação, em 45 dias, de 148 profissionais temporários, a serem distribuídos aos cursos mais necessitados. Depois, tais vagas iriam se tornar efetivas.
Os grevistas marcaram uma nova assembleia para esta segunda-feira (9), quando deverão definir a continuidade ou não da paralisação.