Ações do Carrefour têm forte queda na Bolsa de Valores
Papéis da varejista chegaram a cair mais de 6% após um fim de semana de protestos devido ao assassinato do soldador negro João Alberto Silveira Freitas por seguranças da varejista
- Data: 23/11/2020 17:11
- Alterado: 23/11/2020 17:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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As ações do Carrefour lideram as perdas na Bolsa brasileira nesta segunda-feira, 23, depois da morte por espancamento de um homem negro em uma loja da rede em Porto Alegre. A queda vai na contramão do resultado do Ibovespa, o principal índice da B3, que sobe com o otimismo sobre mais uma vacina contra o coronavírus, desta vez da farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
O risco fiscal no Brasil, porém, pressiona o dólar, que voltou a superar os R$ 5,40. Às 16h24, o dólar subia 1,08%, cotado a R$ 5,4444. O Ibovespa avançava 0,98%, chegando aos 107.078,73 pontos.
No mesmo horário, as ações de Carrefour caíam 6,67%. Após um final de semana de protestos devido ao assassinato do soldador negro João Alberto Silveira Freitas por seguranças da varejista, o supermercado foi alvo de uma série de advertências. O CEO global do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, pediu ao Carrefour Brasil “que seja realizada uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros, no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância“.
O crime também causou indignação em parte dos fornecedores. A fabricante de bebidas Ambev cobrou do Carrefour “medidas imediatas e efetivas” que impeçam novos episódios de discriminação.
O empresário Abílio Diniz, membro dos Conselhos de Administração do Carrefour Global e do Carrefour Brasil, pediu à empresa para trabalhar “incansavelmente para que fatos trágicos como este jamais se repitam no Brasil“. Em Paris, as ações do Grupo Carrefour tinham queda de 2,25%.