Achocolatado em caixinha: por que banir a opção da sua rotina
Prático, o leite achocolatado em caixinha ganha, graças à característica, espaço na rotina alimentar de crianças e adultos. Mas, se a praticidade é um ponto positivo, o produto está longe de ser a opção mais nutritiva, conforme esclarece a nutricionista clínica do Hospital Edmundo Vasconcelos, Karina Fernando Cadete Leite. “O ideal é que não haja […]
- Data: 14/09/2020 14:09
- Alterado: 14/09/2020 14:09
- Autor: Redação
- Fonte: Hospital Edmundo Vasconcelos
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Prático, o leite achocolatado em caixinha ganha, graças à característica, espaço na rotina alimentar de crianças e adultos. Mas, se a praticidade é um ponto positivo, o produto está longe de ser a opção mais nutritiva, conforme esclarece a nutricionista clínica do Hospital Edmundo Vasconcelos, Karina Fernando Cadete Leite. “O ideal é que não haja o consumo do produto”, diz ela.
A razão para isso está na composição da bebida, que segundo a especialista, possui alto teor de sódio, conservantes, corantes, estabilizantes e açúcar, o que, no longo prazo, pode acarretar problemas de saúde, principalmente no público infantil.
“O leite achocolatado em caixinha é considerado um alimento ultra processado e, por isso, não deve fazer parte da alimentação saudável. Na maioria dos casos, o teor de açúcar é superior ao de cacau, o que traz malefícios à saúde como maior tendência a obesidade, diabetes e doenças do sistema circulatório”, reforça Karina.
De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), a quantidade diária de consumo de açúcar deve ser de, no máximo, 25 gramas. No entanto, a maioria das opções de achocolatado em caixinha ofertadas no mercado supera a marca. “Isso quer dizer que uma única caixinha do produto contém mais açúcar do que o recomendado como consumo máximo ao longo de um dia inteiro”, explica Karina.
Os achocolatados em versões enriquecidas com proteínas ou adoçados com stevia não passam impunes à recomendação de não haver consumo rotineiro. Embora mais saudáveis do que as versões tradicionais do produto, ambas as opções são consideradas alimentos com pouco valor nutricional. “Independentemente do diferencial que oferecem, ainda estamos falando de um alimento ultra processado e que, portanto, não deve fazer parte da alimentação cotidiana”, enfatiza a nutricionista.
“O consumidor precisa ficar atento aos ingredientes contidos no produto, pois, para compensar a ausência ou diminuição de algum componente, é acrescentada ou aumentada a quantidade de outro, de modo a manter suas características principais e o sabor”, conclui.
Opções mais saudáveis
Uma alternativa ao produto industrializado é que o consumidor faça seu leite achocolatado caseiro, misturando leite (pasteurizado e não UHT) com cacau em pó, se possível sem acrescentar açúcar. Caso não haja essa possibilidade, o ideal é escolher um açúcar menos processado e refinado, como o mascavo ou demerara. Outra opção é que o consumidor faça uma retirada gradativa do produto de sua alimentação diária, reduzindo o volume consumido e substituindo a bebida por preparações caseiras mais saudáveis, como leite batido com frutas.