Ação do dr.consulta oferece acolhimento psicológico gratuito no Metrô

Psicólogos do dr.consulta fazem atendimento psicológico gratuito no metrô e na CPTM até o próximo sábado, (21) em uma ação de conscientização sobre a importância da escuta para prevenir e tratar doenças mentais. As pessoas interessadas em conversar com os psicólogos serão atendidas remotamente em uma cabine disponível na estação Tatuapé do metrô, das 10h às 16h. A ação “É falando que se cuida” faz parte da campanha de Setembro Amarelo e já passou pela estação Luz, da CPTM. A iniciativa é uma parceria entre a empresa e a Secretaria de Transportes Metropolitanos. 

De acordo com Tânia Abreu Carvalho, psiquiatra do dr.consulta, comunicar as emoções, pensamentos e comportamentos angustiados com profissionais preparados é fundamental para a melhoria da saúde mental da população. “Para cuidar da sua dor, é preciso compartilhar o que está sentindo, não só para dissipar as tremendas tensões guardadas, mas para receber apoio sobre os passos seguintes. Ter por perto alguém preparado para escutar, acolher e orientar pode fazer toda a diferença e uma conversa iniciada hoje pode ser a transformação do presente e do amanhã”, detalha. 

Dados da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) revelam que o Sistema Único de Saúde (SUS) identifica, em média, 31 internações por dia relacionadas a tentativas de suicídio. Além disso, até 60% das pessoas que cometeram suicídio nunca buscaram ajuda de um profissional de saúde mental ao longo da vida. “Problemas como depressão, transtorno bipolar e dependência química estão entre as principais causas de suicídio e precisamos combater o estigma e oferecer espaços de escuta e tratamento em uma perspectiva ampla, afinal, em geral o preconceito é o que mais impede as pessoas de buscarem a ajuda e o cuidado adequado. Mas reforço, você não precisa passar por isso sozinho”, ressalta a especialista. 

A ação do dr.consulta nas estações Luz e Tatuapé é mais uma etapa da campanha contínua que busca conscientizar sobre a importância de falar sobre saúde mental e oferecer apoio especializado. “Essa é uma causa que devemos lembrar o ano todo. Precisamos falar cada vez mais sobre os temas ligados à saúde e ao adoecimento mental para que as pessoas saibam que há ajuda e cuidado disponível”, completa Tânia Carvalho.

Para reforçar a ideia de quebrar os preconceitos sobre se abrir e facilitar o acesso das pessoas para a saúde mental, o dr.consulta oferece uma série de ações complementares para tornar a saúde mental mais acessível e humanizada, já que procurar ajuda é essencial para o combate ao suicídio e questões como depressão, bipolaridade e outros transtornos. A campanha inclui conteúdos nas TV´s do metrô e redes sociais.
 
SERVIÇO

Cabine de acolhimento psicológico – Estação Tatuapé

ata: 19, 20 e 21 de setembro

Horário: 9h às 16h 

Fatores de risco e sinais de alerta

Um outro ponto relevante da campanha é a informação e atenção aos fatores de risco e sinais de alerta para o tratamento. Nas redes sociais e em uma parceria em estações de trem e metrô paulistano, há informações sobre esse tema.

Dentre os fatores de risco, a rede de saúde destaca:

• Histórico e condições de saúde mental: A presença de doenças como depressão, transtorno bipolar, abuso de álcool e drogas, transtornos de personalidade e esquizofrenia, assim como tentativas anteriores de suicídio. 
• Fatores psicológicos: Características como baixa resiliência, impulsividade e desesperança são amplamente associadas ao aumento do risco. 
• Fatores sociais e de saúde: Isolamento social, desemprego, problemas financeiros e condições de saúde que limitam a qualidade de vida também são fatores importantes de vulnerabilidade.
  Deve-se destacar também que é fundamental estar atento aos sinais que podem preceder comportamentos extremos, incluindo: 
• Comentários que revelam desânimo e desespero, tais como “eu desejaria não ter nascido” ou “eu preferia estar morto”. 
• Mensagens e comportamentos de despedida, como testamentos ou acúmulo de medicamentos. 
• Relatos de que a morte seria um meio de escapar da dor, como “encontrar um descanso” ou “um alívio”.