Itaú Cultural apresenta inéditos do diretor Antônio Januzelli

Itaú Cultural apresenta os processos de criação de seus novos projetos; Vagaluz e Lélia Abramo, uma Atriz são os espetáculos sobre os quais o diretor está trabalhando

  • Data: 24/05/2019 13:05
  • Alterado: 24/05/2019 13:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural
Itaú Cultural apresenta inéditos do diretor Antônio Januzelli

Crédito:Bruno Cavalcanti

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Um dos principais nomes da formação de teatro em São Paulo, Antônio Januzelli, diretor, ator, professor e pesquisador das práticas do ator, conduz a programação de teatro que o Itaú Cultural realiza do final de maio aos últimos dias de junho. Em 25 e 26 de maio (sábado e domingo), Janô, como é conhecido nos palcos e nas salas de aula, compartilha com o público os processos de criação de dois novos projetos: Vagaluz – trabalho concebido em parceria com Edgar Campos e Lídia Engelberg, que reflete sobre a memória – e Lélia Abramo, uma Atriz, que traz um olhar mais profundo sobre os fundamentos do trabalho de ator a partir da carreira da artista. Nos dois dias, as apresentações são seguidas de bate-papo com o diretor e os atores.

No sábado, dia 25, às 21h, Janô leva ao público o processo de criação do espetáculo Vagaluz, dirigido por ele. Em cena, os atores Edgar Campos e Lídia Engelberg se alternam entre personagens que transitam por momentos da infância, da juventude e da velhice, para tratar da memória. O fio da narrativa é a capacidade de lembrança de momentos importantes da vida, de modo a também estimular o público a pensar nas suas memórias.

Lélia Abramo, Uma Atriz, solo de Andréia Barroso igualmente dirigido por Januzelli, também em processo de criação, é apresentado no domingo, dia 26, às 20h. O ponto de partida é um encontro entre Andréia e Lélia Abramo (1911-2004), atriz que teve uma trajetória marcante no teatro e na televisão brasileira, conhecida, além disso, por sua forte participação na política e na cultura. O espetáculo busca provocar uma reflexão sobre os fundamentos da arte do ator. Investiga, ainda, as inquietações de uma trajetória artística que permite ao artista viver profundamente o seu método de desenvolvimento, integrando corpo, memória, imaginação, vontade e sensibilidade.

Em junho

A programação cênica de junho segue com três espetáculos dirigidos por Janô. O primeiro é A Hora e Vez, uma adaptação de Rui Ricardo Diaz, que também atua na peça, sobre o conto de João Guimarães Rosa a respeito de um homem dado como morto e que tem uma reviravolta na vida. O segundo chama-se Sob o Céu de Rubem Braga, um solo do ator Bruno Cavalcanti a partir do lirismo, simplicidade e potencial narrativo das crônicas de Braga. Por fim, O Porco, espetáculo indicado ao prêmio Shell de Melhor Ator, no qual o animal relembra momentos de sua existência enquanto espera a hora de ser abatido.

No dia 19 daquele mês, ele participa do Camarim em Cena, ação na qual artistas compartilham com o público seus rituais quando se preparam para subir ao palco. A mediação é da crítica teatral Beth Néspoli, do site Teatro jornal.

Sobre Janô

Antônio Januzelli é diretor, ator, professor e pesquisador das práticas do ator. Professor do departamento de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP) desde 1977 e professor da Escola de Arte Dramática (EAD) entre 1977 e 2002, participou da formação de grande parte de profissionais das artes cênicas em São Paulo. É ainda autor do livro A Aprendizagem do Ator, publicado pela editora Ática.

Janô também integra o núcleo criador da Cia Simples de Teatro, onde assina a direção de Se Eu Fosse Eu. Ele dirigiu os monólogos A Hora e Vez e O Porco – este último, indicado ao prêmio Shell de Melhor Ator em 2005. Foi membro do conselho editorial da Revista da ECA, membro do conselho editorial da revista do LUME-Unicamp e representante do Departamento de Artes Cênicas na AIEST (Asociación Ibero Americana de Escuelas Superiores de Teatro). É bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCAMP) e formado em Artes Cênicas pela ECA-USP e pela Escola de Arte Dramática – EAD/ECA/USP, com mestrado e doutorado pela ECA-USP.

Sobre os atores

Andréia Barros é atriz, diretora, jornalista e mestre em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É uma das fundadoras de Cia Teatro da Cidade (1990), em São Paulo, e do Centro de Artes Cênicas (CAC) Walmor Chagas (2000), em São José dos Campos. No Teatro da Cidade, é uma das responsáveis pela criação e execução de projetos como Universo Caipira, que resultou, em 2010, na montagem Um Dia Ouvi a Lua, de Luís Alberto de Abreu com direção de Eduardo Moreira, Almas Abaixo de Zero (2012), com dramaturgia de Samir Yazbek, e Sonhos Roubados – Um Melodrama Dell´Arte (2016), texto inédito de Calixto de Inhamuns com direção de Neyde Veneziano. No CAC Walmor Chagas, desenvolve atividades de formação para atores e interessados na área teatral, como cursos, palestras, mostras e festivais, além de intercâmbios com grupos e artistas do Brasil e exterior.

Edgar Campos iniciou no teatro em 1980, com Jamil Dias, em Do Fundo do Baú – encontro que resultou nos trabalhos Exercício da Paixão, Guaiú, A Ópera das Formigas e Por Pensamentos, Palavras e Atos. Trabalhou com Mário Mazetti na primeira montagem de Casa de Brinquedo, e com João Albano em Sexo Chocolate e Zambelê. Tomou gosto pelo teatro de grupo e de pesquisa a partir do contato com o diretor Antunes Filho, no Centro de Pesquisa Teatral (CPT) mas sua dedicação à pesquisa cênica se deu de fato com a entrada na Fraternal Cia de Artes e Malasartes. Com direção de Ednaldo freire e dramaturgia de Luís Alberto de Abreu, de 1998 a 2013, realizou trabalhos de destaques, como Iepe, Till Eulenspigel, Masteclé – O Tratado Geral da Comédia, Auto da Paixão e da Alegria, Borandá – O auto do Migrante, Memória das Coisas, Sacra Folia e As Três Graças.

Lídia Engelberg é atriz, contadora de histórias e jornalista que se iniciou nas artes cênicas em 1985, por meio do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), com Antunes Filho. Trabalhou com profissionais como Antônio Januzelli, Antunes Filho, Alex Ratton, Andrea Kaiser, Bru Palmieri, Cristiane Paoli Quito, Cristina Calazans, Juliana Sanches, Paulo Barroso, Roberto Cordovani e Tica Lemos. Nos últimos anos, dedicou-se principalmente à arte de contar histórias, participando de projetos e eventos ligados às secretarias de cultura e educação e à educação e programas de formação de educadores, orientando-os com relação ao uso das histórias como ferramenta no processo pedagógico.

SERVIÇO

ESPECIAL ANTÔNIO JANUZELLI

Dia 25 de maio (sábado), 21h

Vagaluz

Abertura de processo + bate papo

Concepção: Edgar Campos, Lídia Engelberg e Antônio Januzelli.

Atuação: Edgar Campos e Lídia Engelberg. Direção: Antônio Januzelli (Janô).

Dia 26 de maio (domingo), 20h

Lélia Abramo, uma Atriz

Abertura de processo + bate papo

Direção e dramaturgia: Antônio Januzelli.

Atuação: Andréia Barros.

Sala Multiúso (Piso 2)

Capacidade: 70 lugares

Duração: 60 minutos

Classificação Indicativa: 14 anos

Interpretação em Libras

Entrada gratuita

Distribuição de ingressos:

Público preferencial: 1 hora antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)

Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)

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  • Data: 24/05/2019 01:05
  • Alterado:24/05/2019 13:05
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