A programação do Play Festival continua com intervenções artísticas e obras públicas

O festival ocupa o Largo do Machado, Oi Futuro Flamengo, Praça Mauá, Museu de Arte do Rio, Parque Madureira, Arena Fernando Torres, Santa Cruz, Duque de Caxias até o dia 03 de setembro

  • Data: 09/08/2022 15:08
  • Alterado: 16/08/2023 23:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Play Festival
A programação do Play Festival continua com intervenções artísticas e obras públicas

A programação do Play Festival continua com intervenções artísticas

Crédito:Giovanna Antiorio

Você está em:

Neste sábado, dia 13 de agosto, o Play Festival inaugura mais uma obra pública comissionada no Museu de Arte do Rio (MAR) e no Boulevard Olímpico, a obra Labirinto, da artista Sallisa Rosa e do coletivo Sucata Qua^ntica. Os artistas produziram a obra a partir de um labirinto educativo e artístico, criado com materiais diversos como reciclagem, ferragens, plásticos e materiais orgânicos que colheram pela cidade do Rio de Janeiro. Ocorre no mesmo dia oficina de lambe-lambe, expressões através da argila, Baixa Santo SoundSystem, Histórias indígenas, Oficina de Cartazes e outras atividades gratuitas, que começam a partir das 10h e ocorrem durante todo o dia. 

“O labirinto acredita no caminho como uma metodologia tradicional artística possível para construção de sentidos. Usando o corpo como suporte, o ponto de partida é o eu. Convocando-nos a desorientação do labirinto é dada a largada para a metodologia de percorrer a rede de caminhos e fronteiras, de certezas e dúvidas, em se perder ou se achar, onde circula o visível e o invisível, a dúvida, a tentativa e erro, os rastros, o retorno, a circularidade. Os caminhos são conduções de energia e mistério, escolher caminhos pela intuição, é escolher qual energia queremos ser conduzidos. As materialidades apresentadas aqui se dão por colheitas e investigações de materiais diversos no Rio de Janeiro.”, comenta a artista Sallisa Rosa.

Até o dia 03 de setembro, as obras públicas continuam ocupando as cinco regiões do Rio de Janeiro: zona sul, na Praça do Largo do Machado e Oi Futuro, centro na Praça Mauá e Museu de Arte do Rio, zona norte, no Parque Madureira e Arena Fernando Torres junto a Zonas de Cultura Madureira, no Marco 11 e Ser Cidadão, em Santa Cruz, e Centro Cultural Oscar Niemeyer e Biblioteca Pública, em Duque de Caxias. 

Com idealização e curadoria de Tathiana Lopes, especialista em cultura, educação e comunicação, com mais de 20 anos de experiência na realização de festivais e projetos multiplataforma, o Play conta com cinco instalações artísticas comissionadas, expostas em diversos espaços públicos da cidade, e se desdobra em uma série de ações e atividades que promovem experimentação e reflexão a partir das infâncias e juventudes, da cidade e suas diversidades.

“O Play foi criado a partir de algumas experiências artísticas que venho realizando, somado a experiência da maternidade e da minha atuação nos campos da arte e cultura nos últimos anos. E é elaborado através de um trabalho de pesquisa, mobilização e articulação territorial, em conversas com crianças e jovens, instituições culturais, sociais, lideranças e artistas de diferentes localidades, triangulando os diversos atores sociais para construção de um projeto que estivesse em diálogo direto com cada território, e através da arte, pudéssemos dialogar com a cidade, suas infâncias e juventudes”, comenta Tathiana Lopes. 

O projeto se desdobra em diferentes ações que acontecem de forma descentralizada, promovendo diálogos e conexões com diversas localidades da cidade.

Exposição – A mostra ‘Se Essa Rua Fosse Minha’ em cartaz de 06 de agosto a 2 de outubro de 2022 no Oi Futuro Flamengo, materializa as práticas e ações promovidas pelo Play, onde serão exibidos os processos criativos dos artistas visuais convidados, entrevistas com as diferentes percepções das crianças que vivem os territórios pesquisados pelo projeto, além de conversas com lideranças e personalidades  locais e suas vivências.

São convidados da exposição: Os artistas visuais:  Agrade Camiz, Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição contando o processo de criação e construção de suas obras públicas para o festival.

Instalações Urbanas – de 01 de agosto a 03 de setembro, a Praça Largo do Machado na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras,  a Praça Mauá no Centro, o Parque Madureira, no Zonas de Cultura Madureira, o Marco XI em Santa Cruz e o Complexo Oscar  Niemeyer em Duque de Caxias, recebem as obra públicas dos artistas Agrade Camiz, Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição respectivamente,  criadas especialmente para o festival. As instalações artísticas propõem um espaço de interação, experimentação e reflexão com o público.

As instalações contam, de domingo a domingo, com a presença de arte educadores que mediam as interações com público e as escolas e instituições sociais convidadas, que visitarão as obras ao longo de todo o mês através de um Programa Educativo, realizado em parceria com a Secretaria de Educação do Rio e de Duque de Caxias. As visitas propõem atividades criadas para diálogo e interação das crianças com as obras e os territórios onde eles estão instalados, numa reflexão sobre a cidade e as diversas vivências dessas localidades.

Performances e diferentes expressões artísticas criadas a partir das instalações  – A cada sábado o festival desembarca em um desses territórios, levando uma programação composta por artistas locais, que explorem diferentes linguagens nas artes visuais, teatro, dança, música, performances, em parceria com os espaços culturais e museais – Oi Futuro Flamengo, Museu de Arte do Rio – Mar, Arena Fernando Torres, Ser Cidadão, Biblioteca Pública no Complexo Cultural Oscar Niemeyer.

Oficinas – As oficinas e atividades propostas fazem parte do Programa Educativo que propõe um conjunto de ações criadas a partir das instalações, e que irão dialogar com os diferentes espaços que elas ocupam, estimulando uma articulação entre territórios – instituições culturais – escolas, a partir das temáticas centrais do Play.

Será dividido em diferentes ações direcionadas aos diversos públicos, com foco na criança, no jovem e suas famílias. Com o objetivo de estimular e reconhecer através da arte, as diferentes percepções sobre o território, como esses espaços se inter-relacionam, e como nos relacionamos com esses espaços.

Diálogos – Têm como foco discutir os assuntos e temáticas mais presentes hoje no mundo, sob a perspectiva de uma Cidade Educadora e seus principais elementos, as diversidades, a democratização de acesso, a democratização de conhecimento, a inclusão social, a sustentabilidade, e como essas temáticas atravessam e geram impacto e transformação cultural e social. Convidamos profissionais especialistas de diferentes áreas, valorizando a pluralidade de pessoas e regiões do Brasil, os diversos saberes, perspectivas e experiências sobre os temas em debate.

As personalidades e lideranças locais: Elisa Lucinda (zona sul), Amir Haddad (centro), Tia Surica (Madureira), WG da Rua (Santa Cruz) e Heraldo HB (Duque de Caxias) contando suas vivências da cidade e das localidades onde vivem.

A Instituições sócio culturais com foco no atendimento a crianças e jovens da região, sob a perspectiva da arte e do esporte para a educação: Escola Vidigal na comunidade do Vidigal, criada pelo artista plástico Vik Muniz, Instituto Ademafia criado pelo skatista Ademar Lucas na comunidade do santo Amaro na Glória, Lanchonete Lanchonete, criada pela artista Thelma Villas Boas na comunidade da Pequena África, no bairro da Gamboa, no Centro, Jongo da Serrinha em Madureira, Cultura na Cesta criada pelo  jogador de basquete WG da Rua na comunidade do Cesarão e Ser Cidadão criada por um grupo de educadores e conta com Francisco Jorge como gerente de projetos em Santa Cruz, e a Chypher Kids, criada pelo DJ Zulu Tecnykko e funciona no espaço cultural Lira de Ouro de Duque de Caxias.

O Play ouviu 70 crianças atendidas por essas instituições, suas percepções sobre a cidade, sobre arte, educação, e o que elas gostariam de dizer a quem governa a cidade. O festival vai levar todas as crianças entrevistadas junto às instituições para participar das atividades artísticas, rodas de conversa e oficinas durante toda a sua programação. 

O evento é realizado pela Cardápio de Ideias, pela  Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo, conta com patrocínio da Localiza, com as parcerias institucionais da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, do Zonas de Cultura Madureira, Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura de Duque de Caxias, Secretaria de Educação de Duque de Caxias, Oi Futuro, Museu de Arte do Rio, Ser Cidadão, Observatório de Favelas, Galpão Bela Maré, Escola Vidigal, Vik Muniz Studio, Instituto Ademafia, Lanchonete Lanchonete, Jongo da Serrinha, Cypher Kids, Cultura na Cesta, Galpão Goméia e  Lira de Ouro.

Sobre Tathiana Lopes 

Tathiana Lopes é fundadora e diretora criativa da Cardápio de Ideias. Especialista em Cultura, Educação e Comunicação, atua há mais de 20 anos nos campos da arte e cultura,  criando e realizando projetos artísticos, multiplataforma, festivais e diferentes ações culturais. Foi idealizadora e curadora do Ping Festival de Cultura, Arte e Educação. Idealizadora e realizadora do Festival Novas Frequências, diretora e realizadora do Festival Mais Performance, idealizadora e realizadora do Projeto Paisagem em parceria com o artista plástico Vik Muniz, entre outros projetos de alcance nacional e internacional. 

Em parceria com O Instituto, ESPM e Museu de Arte do Rio – MAR, desenvolveu o programa de formação em elaboração de projetos para jovens periféricos do RJ para os 10 anos do projeto Rio de Encontros, foi mentora e facilitadora do Hiper Museus, do Percursos Formativos do MAR e colaboradora do Museu Vivo. Colaborou com a curadoria e elaboração do curso de Produção de Festivais e Eventos Culturais para a plataforma Coliga da Fundação Roberto Marinho. Faz parte do Conselho Consultivo da Favela Vertical e da Escola Vidigal.

Artistas Comissionados para criar as instalações do Play Festival 

Adriana Eu

Obra – CAMA DE GATO

“Quando eu era criança, uma de minhas brincadeiras preferidas era cama de gato. Me encantava ver como usando apenas minhas mãos e uma linha, era possível construir muitas formas diferentes que iam se repetindo infinitamente sem nunca deixar de ser possível uma nova trama.A cama de gato vem sendo praticada há séculos em vários lugares no mundo todo e, para os etnólogos, ainda hoje é um problema explicar por que povos de regiões e culturas tão distintas – como os Maoris da Nova Zelândia, os esquimós do Ártico, os índios norte-americanos e os membros de várias tribos africanas – criam figuras exatamente iguais em suas “cama-de-gato”.

Talvez seja possível se pensar uma memória de um “ brincar” que seja maior que as fronteiras”

Agrade Camiz 

Obra – TREPA TREPA 

“Fui atrás da minha infância para pensar nesse trabalho. Então trouxe as grades de janelas para o lugar do brinquedo trepa-trepa, e uma janela redonda, bem grande, passou a ser um gira-gira. Dessa forma, trago uma memória afetiva ligada aos territórios suburbanos, favelados, despertando a fantasia no transformar de janelas, grades, elementos relacionados ao lar, ressignificando-os em arte e brincadeiras.”

O Largo do Machado também está presente nesta obra, já foi uma lagoa e depois do seu aterramento, no século XVII foi chamado de Campo das Boitangas, “nome dado pelos negros da Guiné que ali trabalhavam numa plantação. Boitangas, que no dialeto dos africanos significa cobra que enrola, era um ofídio bastante comum nos alagadiços onde os escravos cultivavam arroz.”  A pintura da instalação se inspira na popular cobra coral como uma forma de firmar outras identidades.”

Heberth Sobral 

Obra – CUBO TÉTRIS

“Cidade é um jogo de tetris imobiliário, imigratório e cultural, onde as pessoas tentam se encaixar e se adequar a um grupo existente. A obra é criada por três imagens que compõem uma cidade. Os bonecos simbolizam as pessoas, e podem ser visto de perto, mas num jogo de ilusão, o que se percebe ao ver a obra de longe são azulejos usados nas construções, e ao se afastar mais o que se vê é um jogo de tetris refletindo as mudanças da cidade.”

Rommulo Vieira Conceição 
Obra – MÚLTIPLAS INFÂNCIAS

“Eu queria construir algo que se baseasse numa experiência física que remetesse a algo lúdico sem necessariamente recorrer aos brinquedos de parques convencionais. Dentro da minha memória de infância, me vieram rapidamente as catracas que ficavam nas estações de trem. A ideia de viajar de trem do subúrbio para Salvador ou vice-versa, era sempre motivada pelo fato de eu ter que passar pelas catracas. Sua função era a possibilidade de me pendurar numa de suas barras e ser empurrado pela minha avó, ou pela minha mãe. Era uma mistura de mistério, de solidão, isolamento, diversão, perigo e força, tudo junto. Achava aquele movimento tão breve, muito empolgante, o tamanho de tudo era agigantado.

Se essas catracas têm uma função definida de separar os pagantes dos não-pagantes, de limitar uma sociedade que pode e que não pode pagar, que ela seja subvertida em movimento, em negociação de espaço, em um labirinto que é viver. Que promovam a convivência.

Serviço

Data e Hora

Instalações Urbanas 

Data: 01 de agosto a 3 de setembro  

Hora: Domingo a Domingo  – 24 horas

Festival
Data:13, 20, 27 de agosto e 3 de setembro  – aos sábados

Hora: 10h às 20h

Exposição 
Data: 06 de agosto a 2 de outubro  de 2022.

Hora: quarta a domingo – 11h às 20h

Local: 

 Instalações Urbanas: Até o dia 3 de setembro 

Agrade Camiz – Praça Largo do Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras
Sallisa Rosa e Sucata Quântica – Praça Mauá em frente ao Museu de Arte do Rio no Centro
Heberth Sobral – Parque Madureira em frente a Arena Fernando Torres
Adrianna Eu –  Marco XI em Santa Cruz 
Rommulo Vieira Conceição – Complexo Oscar  Niemeyer em Duque de Caxias
Festival:

13 de agosto – Museu de Arte do Rio – Praça Mauá, 5 – Centro
20 de agosto – Arena Fernando Torres – R. Bernardino de Andrade, 200 – Madureira Parque Madureira – R. Soares Caldeira, 115 – Madureira
27 de agosto – Ser Cidadão – R. Fernanda, 140 – Santa Cruz
03 de setembro – Centro Cultural Oscar Niemeyer  e Biblioteca Pública- Av. Governador Leonel de Moura Brizola, S/N – Centro, Duque de Caxias
Visita Escolas e Instituições Sociais: 

01 de agosto a 3 de setembro 
De segunda a sexta – manhã e tarde.

Agendamento Cintia Ricardo – [email protected]

Compartilhar:

  • Data: 09/08/2022 03:08
  • Alterado:16/08/2023 23:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Play Festival









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados