A partir desta segunda-feira (6), o transporte público de SP terá um aumento nas passagens
Tarifas de metrô e trem sobem para R$ 5,20 e ônibus passa a ser R$ 5,00
- Data: 06/01/2025 07:01
- Alterado: 06/01/2025 07:01
- Autor: Redação
- Fonte: G1
Crédito:Sergio Andrade/Governo do Estado de SP
A partir desta segunda-feira (6), o custo do transporte público em São Paulo sofre um aumento significativo. O valor das passagens de trem e metrô passa a ser de R$ 5,20, enquanto os ônibus na capital agora custam R$ 5,00.
De acordo com informações divulgadas pela SPTrans, os usuários que carregaram seus Bilhetes Únicos até o último domingo (5) terão a possibilidade de continuar utilizando as tarifas antigas por um período de até 180 dias. Após esse prazo, as novas tarifas serão aplicadas automaticamente.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos justificou o aumento das tarifas como uma medida necessária para garantir a manutenção e sustentabilidade do sistema de transporte. Segundo o secretário Manoel Marcos Botelho, a proposta de reajuste, que representa um incremento de 4% sobre o valor vigente, está abaixo da inflação prevista para 2024, estimada em 5,09%. “Essa abordagem visa assegurar uma maior equidade social e financeira dentro do sistema“, afirmou Botelho.
As tarifas estavam congeladas em R$ 4,40 desde janeiro de 2020, quando ocorreu o último ajuste na gestão do ex-prefeito Bruno Covas. Durante esse período, a inflação acumulada foi de aproximadamente 32%, conforme dados do IPCA. A prefeitura esclareceu que, se a tarifa tivesse sido ajustada com base na inflação, ela teria alcançado pelo menos R$ 5,84.
O novo valor das tarifas foi discutido em uma reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) no dia 26 de dezembro. Na ocasião, foi proposta uma elevação para R$ 5,20, representando um aumento de 18,2%. Em entrevista à GloboNews no dia 18 de dezembro, o atual prefeito Ricardo Nunes destacou que vários fatores influenciam o preço das tarifas, incluindo os custos do diesel, as negociações salariais dos funcionários e as flutuações da economia.
Entretanto, o aumento gerou polêmica e resistência. A deputada federal Luciene Cavalcante e os deputados estaduais Carlos Giannazi e Celso Giannazi, todos do PSOL, protocolaram uma ação popular pedindo a suspensão do reajuste. Os parlamentares alegaram que a reunião do CMTT que deliberou sobre o aumento foi realizada sem convocação prévia adequada e sem a possibilidade de participação popular efetiva.
No dia 28 de dezembro, o juiz Bruno Luiz Cassiolato determinou que a prefeitura apresentasse explicações sobre o reajuste em até 48 horas. Apesar disso, na quarta-feira (1°), a Justiça decidiu manter o aumento das passagens.