A média móvel de mortes por covid-19 nesta quarta ficou em 1.332

Isso significa dizer que 9,3 mil pessoas morreram na última semana. O Brasil vive o seu pior momento da pandemia com avanço nos casos, internações e óbitos pelo novo coronavírus

  • Data: 03/03/2021 20:03
  • Alterado: 03/03/2021 20:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
A média móvel de mortes por covid-19 nesta quarta ficou em 1.332

O Brasil vive o seu pior momento da pandemia com avanço nos casos

Crédito:Depositphotos

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Para a Fiocruz, a situação é “alarmante”. Dezoito Estados e o Distrito Federal têm taxa de ocupação de leitos de UTI covid acima dos 80%.

O recrudescimento do cenário coloca o País perto de assumir o protagonismo mundial em relação aos registros diários de mortes, posto historicamente ocupado pelos Estados Unidos. Com a ampla vacinação que já chegou a 78 milhões de doses aplicadas em americanos, o país agora vê queda nos índices, ainda que elevados na comparação mundial. As fontes diferem sobre o patamar diário de mortes, mas se assemelham ao mostrar registro abaixo da casa das 2 mil vítimas.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos registraram nesta terça-feira, 2, 1.819 mortes, número que na conta do jornal The New York Times é de 1.306 e do The Washington Post, 1.742. O Post aponta 2.321 mortes por covid-19 nos Estados Unidos nesta quarta-feira, 3. Dessa forma, o Brasil ainda ocupa a segunda posição no ranking, mas as estatísticas indicam que os registros diários brasileiros podem em breve passar a serem os mais elevados em caráter absoluto do mundo. No total, há mais vítimas americanas: 518,7 mil.

Os dados do consórcio de imprensa mostram que o Brasil tem um total de 10.722.221 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, a esse total foi somado 74.376 testes positivos.

O avanço da doença tem feito diferentes Estados adotarem mais restrições para tentar frear a propagação do vírus. Em São Paulo o governo anunciou a adoção da bandeira vermelha a partir deste sábado, 6, com fechamento de serviços e atividades não essenciais. 

Mesmo com o aprofundamento da crise, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que a imprensa está criando “pânico” na população e se queixou de medidas de restrição e lockdown adotadas para conter a disseminação do vírus. “Para a mídia, o vírus sou eu”, disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada. “Criaram o pânico. O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, do ‘Fique em Casa’. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?”, perguntou.

Consórcio dos veículos de imprensa

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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