A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou nesta quarta, 6, uma moção de repúdio

Ao presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, Por defender a liberdade do ex-presidente Lula. O colegiado é presidido pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

  • Data: 06/11/2019 16:11
  • Alterado: 06/11/2019 16:11
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou nesta quarta, 6, uma moção de repúdio

Crédito:Divulgação

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Eduardo divulgou em seu Twitter a justificativa do pedido contra o argentino:

“Por desrespeito às decisões das instituições judiciais do Estado brasileiro, por quebra de decoro internacional que preza pelas boas relações diplomáticas, pelo ativismo político em questões internas do Brasil e pelo desagravo a uma parcela expressiva da população brasileira”, postou Eduardo, copiando trecho do requerimento em que o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), seu aliado, apresentou na comissão.

No dia da eleição argentina, Fernández parabenizou Lula pelo aniversário e chamou a prisão do petista de “injusta”. O argentino também publicou uma foto fazendo uma letra L com a mão em referência ao movimento Lula Livre. “Parabéns pra você, querido Lula. Espero te ver em breve”, publicou o presidente argentino.

O presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, já havia criticado Fernández pelo mesmo motivo. Em Abhu Dabi, onde estava no dia seguinte à eleição no país vizinho, o brasileiro lamentou a derrota de Maurício Macri e disse que os argentinos “escolheram mal”. “O primeiro ato do Fernández foi Lula livre, dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio”, afirmou Bolsonaro na ocasião.

A moção de repúdio foi a única proposta votada nesta quarta-feira na comissão presidida por Eduardo. Por cerca de duas horas, a oposição tentou derrubar o requerimento, sem sucesso.

“Como você trata o terceiro maior parceiro comercial do País dessa forma?”, questionou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

A moção de repúdio a Fernández foi aprovada em votação simbólica mas os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Henrique Fontana (PT-RS) registraram seus votos contrários.

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