Alckmin discute tarifas dos EUA com secretário de Comércio americano

Setores de aço e alumínio podem ser afetados por novas taxações; encontro ocorre após Donald Trump sinalizar possíveis sanções ao Brasil.

  • Data: 06/03/2025 09:03
  • Alterado: 06/03/2025 09:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: MDIC
Alckmin discute tarifas dos EUA com secretário de Comércio americano

Crédito:Tomaz Silva/Agência Brasil

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A guerra comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a gerar preocupações significativas entre investidores e autoridades brasileiras. Nesta quinta-feira (6), o vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento do Brasil, Geraldo Alckmin, participará de uma videoconferência com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Este encontro ocorre em um momento crítico, apenas dois dias após Trump indicar que o Brasil poderia ser um alvo para novas tarifas.

Impacto no Setor de Exportação

Durante a reunião, Alckmin e Lutnick devem abordar os setores que podem ser impactados por essas possíveis taxações, com ênfase no segmento de aço e alumínio. Esses setores se preparam para enfrentar novas tarifas ao exportar para o mercado americano a partir da próxima semana.

Especialistas em relações internacionais, como o professor Lier Pires Ferreira, expressam preocupações sobre a postura agressiva de Trump, sugerindo que essa abordagem pode resultar em um isolamento econômico dos Estados Unidos e ter repercussões negativas na economia global. Ferreira ressalta que Trump parece ainda agir como se estivesse em campanha, sem reconhecer plenamente suas responsabilidades como presidente de todos os americanos.

Enquanto isso, o mercado financeiro está em alerta constante em relação às decisões da Casa Branca. Recentemente, o dólar experimentou uma queda significativa de 2,71%, encerrando a cotação em R$ 5,756. Essa desvalorização foi influenciada pela decisão de Trump de postergar por um mês a imposição de tarifas sobre automóveis importados do México e do Canadá.

Efeitos na Economia Brasileira

O economista André Perfeito observa que a desvalorização da moeda americana reflete uma reação positiva dos investidores à maior flexibilidade nas políticas comerciais dos Estados Unidos. Essa mudança tem contribuído para uma redução na aversão ao risco e favorecido moedas de mercados emergentes, como o real. Perfeito vê sinais de otimismo em relação à economia brasileira, acreditando que ela pode complementar a economia norte-americana.

No entanto, ele adverte que um aperto excessivo nas políticas comerciais pode levar a uma desaceleração da economia mundial, limitando os benefícios para o Brasil. Nesse contexto, ele recomenda que o Itamaraty, juntamente com os Ministérios da Indústria e Comércio e da Agricultura, permaneçam atentos às oportunidades que possam surgir das políticas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos.

A recente decisão de Trump de aplicar tarifas de 25% a produtos oriundos de países vizinhos e de 20% sobre produtos chineses já gerou reações adversas e intensificou a guerra comercial global.

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  • Data: 06/03/2025 09:03
  • Alterado:06/03/2025 09:03
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