Mental das Mulheres na Construção Civil: Desafios e Protagonismo
O ambiente de trabalho, muitas vezes hostil e predominantemente masculino, pode gerar impactos psicológicos que exigem atenção e políticas de suporte mais efetivas
- Data: 17/02/2025 13:02
- Alterado: 20/02/2025 12:02
- Autor: Adriana Ramalho
- Fonte: Assessoria
A presença feminina na construção civil tem crescido ao longo dos anos, rompendo barreiras históricas e desafiando estereótipos de gênero. No entanto, as mulheres que atuam nesse setor ainda enfrentam desafios significativos, especialmente quando se trata da saúde mental.
Desafios Psicológicos no Setor
A jornada das mulheres na construção civil é marcada por obstáculos que vão desde a discriminação e assédio até a sobrecarga de trabalho, especialmente para aquelas que conciliam a profissão com responsabilidades domésticas. Além disso, a falta de espaços adequados para elas nos canteiros de obra e o preconceito dentro das equipes podem gerar estresse, ansiedade e até depressão.
Outro fator relevante é a necessidade constante de provar competência em um setor que, historicamente, não as reconhece em pé de igualdade com os homens. Esse tipo de pressão psicológica pode minar a autoconfiança e impactar diretamente o bem-estar dessas profissionais.
O Papel das Mulheres na Construção Civil
Apesar dos desafios, as mulheres têm um papel fundamental no setor, trazendo inovação, organização e eficiência. Elas atuam como engenheiras, arquitetas, mestres de obra, operárias e gestoras, contribuindo para a evolução do mercado da construção civil. Além disso, muitas lideram iniciativas para tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo e seguro, não apenas para outras mulheres, mas para todos os trabalhadores.
A presença feminina também ajuda a sensibilizar o setor para a importância da saúde mental e do bem-estar no ambiente de trabalho. Muitas vezes, são as próprias mulheres que levantam discussões sobre melhores condições laborais, inclusão e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Medidas para Proteger a Saúde Mental das Trabalhadoras
Para garantir o bem-estar das mulheres na construção civil, algumas medidas podem ser implementadas:
· Ambientes de trabalho mais inclusivos: A criação de políticas que combatam o assédio e a discriminação é essencial para a segurança psicológica das trabalhadoras.
· Suporte psicológico: Empresas podem oferecer acompanhamento profissional para ajudar a lidar com o estresse e as dificuldades emocionais do dia a dia.
· Capacitação e reconhecimento: Programas de formação e incentivo à liderança feminina no setor ajudam a fortalecer a autoestima e a segurança das profissionais.
· Flexibilidade e equilíbrio: Criar condições para que as mulheres possam equilibrar suas vidas pessoais e profissionais é fundamental para a saúde mental.
A construção civil precisa evoluir não apenas em tecnologia e produtividade, mas também em humanização e igualdade. As mulheres já demonstraram sua competência e resiliência nesse setor; agora, é fundamental garantir que elas tenham um ambiente de trabalho que valorize não apenas sua força de trabalho, mas também sua saúde e bem-estar.
Adriana Ramalho
Adriana é formada em Direito, é política (vereadora em SP 2016/2020), ativista social e palestrante sobre combate a violência doméstica, alienação parental, empreendedorismo feminino, e saúde mental.