Trump intensifica campanha anti-imigração com medidas agressivas e pressões diplomáticas
O presidente dos Estados Unidos intensifica pressão sobre imigração: alianças e ameaças moldam nova política, enquanto desafios legais surgem no horizonte.
- Data: 08/02/2025 00:02
- Alterado: 08/02/2025 00:02
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Nos primeiros meses de sua nova administração, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstra uma abordagem contundente em relação à imigração, implementando uma série de ações que refletem seu compromisso com as promessas de campanha. O republicano, que completou 78 anos, parece determinado a cumprir seu objetivo de expulsar imigrantes indocumentados, referindo-se a eles de maneira pejorativa.
Com o apoio de uma equipe leal nas principais agências governamentais, incluindo o Pentágono e os departamentos de Estado, Justiça e Segurança Interna, Trump está utilizando todos os recursos disponíveis para consolidar sua agenda anti-imigração. O secretário de Estado, Marco Rubio, expressou essa estratégia em um artigo publicado no Wall Street Journal, destacando a disposição do presidente em recompensar países que colaboram com seus planos, enquanto os que resistem podem enfrentar consequências significativas.
Durante uma recente viagem a países da América Central e do Caribe, Rubio enfatizou a importância da cooperação internacional na luta contra a migração ilegal e na segurança das fronteiras. A viagem abordou também questões como a influência chinesa na região. O Panamá anunciou o cancelamento de um acordo econômico com Pequim, mas manteve suas tarifas sobre o Canal do Panamá.
A Costa Rica se comprometeu a intensificar suas ações contra o crime organizado, enquanto a Guatemala concordou em aumentar os voos para deportar migrantes. El Salvador apresentou uma proposta para abrigar deportados em prisões específicas para esse fim. Essas movimentações demonstram como Trump está utilizando pressões diplomáticas e ameaças tarifárias como parte de sua estratégia.
Chad Wolf, diretor do America First Policy Institute e ex-alto funcionário da administração Trump, destacou a necessidade de agilidade nas ações do governo. Ele acredita que para alcançar as metas estabelecidas por Trump, será necessário adotar medidas não convencionais e acelerar processos que normalmente seriam mais lentos no âmbito governamental.
A pressão sobre os países vizinhos é evidente. O México teve que enviar tropas para sua fronteira com os EUA para combater o tráfico de fentanil e evitar tarifas elevadas sobre suas exportações. O Canadá também cedeu em certas questões comerciais, enquanto a China enfrenta novas tarifas devido à falta de acordos satisfatórios.
A Colômbia rejeitou permitir que aviões militares dos EUA transportassem migrantes deportados em seu território, mas optou por negociar um acordo para evitar tarifas adicionais. Curiosamente, até mesmo o governo venezuelano se mostrou aberto à ideia de receber deportados provenientes dos Estados Unidos.
Desde seu retorno ao cargo em janeiro, Trump tem avançado rapidamente com várias ordens executivas relacionadas à imigração. Ele revogou iniciativas criadas por seu antecessor e tomou medidas drásticas contra grupos considerados ameaças à segurança nacional.
No entanto, as ações do presidente não estão isentas de desafios legais. Um juiz federal já impediu a implementação de uma ordem que restringiria a cidadania por nascimento nos EUA. Especialistas alertam que muitas das políticas atuais podem enfrentar litígios semelhantes aos que ocorreram durante seu primeiro mandato.
Com menos de dois anos até as próximas eleições midterm, Trump enfrenta um cronograma apertado para implementar suas reformas antes que sua atenção precise se voltar novamente para a campanha eleitoral.