Motta impõe mudanças na Câmara e quer plenário cheio terças e quartas
Nova organização prevê maior antecipação das pautas, buscando garantir uma presença mais ativa dos deputados nas votações e evitando surpresas no processo legislativo
- Data: 04/02/2025 18:02
- Alterado: 04/02/2025 18:02
- Autor: Redação
- Fonte: Câmara dos Deputados
O líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB)
Crédito:Mário Agra/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados implementará novas diretrizes que visam aumentar a previsibilidade e a participação dos parlamentares nas votações, especialmente nas terças e quartas-feiras. A informação foi divulgada pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), durante uma reunião com membros do partido nesta terça-feira, 4 de outubro.
De acordo com Cavalcante, a pauta de votação será apresentada após uma reunião de líderes programada para a tarde de quinta-feira, permitindo que os deputados se preparem com antecedência. “Com essa nova organização, não haverá mais surpresas e vocês poderão apresentar destaques aos projetos discutidos”, destacou.
Essa mudança representa um marco significativo na condução das atividades legislativas sob a presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB). Sob a gestão anterior de Arthur Lira (PP-AL), as sessões da Câmara foram caracterizadas por uma dinâmica semipresencial, onde as pautas eram frequentemente apresentadas momentos antes do início das discussões, gerando insatisfação entre os parlamentares, que muitas vezes não tinham tempo suficiente para se familiarizar com os projetos.
Revisão do modelo semipresencial e urgências
A implementação do modelo de votação semipresencial, que permitia aos deputados votar remotamente após registrar presença no plenário, trouxe comodidade, mas também gerou críticas quanto à falta de debate aprofundado sobre as propostas em discussão.
Além disso, durante o mandato de Lira, observou-se um aumento significativo na aprovação de requerimentos de urgência. Esta prática possibilita que propostas sejam votadas diretamente no plenário sem passar pelas comissões temáticas da Casa, o que, embora acelere o processo legislativo, pode reduzir a participação ativa dos parlamentares e concentrar o poder decisório nas mãos dos líderes partidários.
Com a nova gestão de Hugo Motta, há expectativa entre os deputados de que esse procedimento seja revisto, promovendo um ambiente mais participativo e colaborativo nas discussões legislativas.