Vice de Nunes enfrenta protestos em área alagada na Zona Leste

Mello Araújo visitou o Jardim Pantanal para acompanhar ações da prefeitura, mas foi alvo de críticas e buscou abrigo em uma escola pública

  • Data: 03/02/2025 10:02
  • Alterado: 03/02/2025 10:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Prefeitura de São Paulo
Vice de Nunes enfrenta protestos em área alagada na Zona Leste

Crédito:Divulgação/PMESP

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Na manhã desta segunda-feira (3), Mello Araújo, vice-prefeito de São Paulo, se viu no meio de um protesto no Jardim Pantanal, localizado na Zona Leste da cidade. O bairro está enfrentando o terceiro dia consecutivo de alagamentos, resultado das intensas chuvas que atingem a região desde o fim de semana.

O ex-policial militar, que foi indicado ao cargo pela família do ex-presidente Jair Bolsonaro, tinha como objetivo acompanhar os esforços da prefeitura para auxiliar a comunidade afetada. No entanto, sua visita foi marcada por gritos de descontentamento dos moradores, que manifestaram sua frustração diante da situação caótica provocada pelas inundações.

Os habitantes do Jardim Pantanal culpam uma barragem no Rio Tietê por agravar a crise hídrica. Segundo relatos, a estrutura estaria fechada desde as chuvas que começaram na sexta-feira anterior, dificultando o escoamento da água. Um ex-vereador do PT, Adriano Santos, utilizou um drone para registrar imagens da Barragem da Penha, evidenciando a quantidade de água represada e alimentando ainda mais o descontentamento da população.

Vice-prefeito se refugia em escola após protesto

Durante sua visita à área afetada, Mello Araújo foi alvo de xingamentos e se viu forçado a buscar abrigo em uma escola pública local para evitar a fúria dos manifestantes. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMIL), encarregada do gerenciamento do Rio Tietê sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), não respondeu aos questionamentos feitos até o fechamento desta reportagem.

Histórico de alagamentos e promessas não cumpridas

A situação no Jardim Pantanal não é nova; o distrito tem sofrido com enchentes há décadas. Localizado em uma área de várzea ao longo do Rio Tietê e próximo ao nível do rio, o bairro é particularmente vulnerável a inundações. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) havia prometido em 2023 a construção de um pôlder na região para mitigar os efeitos das cheias, mas até o momento a obra não foi realizada.

Mello Araújo afirmou que a prefeitura está preparada para oferecer apoio às famílias afetadas, incluindo distribuição de alimentos e itens essenciais. Ele destacou: “Estamos com toda a estrutura montada para atender a comunidade… As comportas do Rio Tietê não serão abertas e estão sendo controladas pelos técnicos da área.” Ao todo, apenas no último sábado (), foram distribuídos 1.550 almoços e cerca de 1.600 colchões aos necessitados.

Apesar das promessas feitas pela gestão municipal para solucionar os problemas recorrentes da região, as ações têm sido lentas e insuficientes. O plano para construir um pôlder foi elaborado com previsão de entrega em 150 dias, pelo valor estimado de R$ 6 milhões. No entanto, após quase dois anos sem resultados concretos, os moradores continuam a enfrentar dificuldades durante cada temporada chuvosa.

Além disso, as autoridades municipais informaram que outras melhorias estão em andamento na margem do córrego local e que novas galerias de drenagem estão previstas para serem construídas nos próximos meses. Contudo, muitas famílias permanecem apreensivas quanto ao futuro, como demonstrou Tereza Gomes, uma moradora antiga da região: “Espero uma alternativa que resolva… Todos nós aqui lutamos pelo melhor e quando votamos esperamos isso.”

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  • Data: 03/02/2025 10:02
  • Alterado:03/02/2025 10:02
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