Bicho-barbeiro contaminado com Chagas é encontrado na zona oeste de SP

APqC alerta sobre a presença do inseto contaminado e cobra ações efetivas de monitoramento em São Paulo.

  • Data: 30/01/2025 17:01
  • Alterado: 30/01/2025 17:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS
Bicho-barbeiro contaminado com Chagas é encontrado na zona oeste de SP

Fotos do inseto Rhodius Brethesi, o Barbeiro, vetor da Doença de Chagas

Crédito:Fiocruz/Divulgação

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Uma recente comunicação divulgada pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) trouxe à tona a descoberta de um bicho-barbeiro contaminado pelo protozoário Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas, na zona oeste da capital paulista. O laudo que confirma a contaminação foi emitido pelo Labfauna, o Laboratório Municipal de Saúde Pública, que integra a estrutura da Secretaria Municipal de Saúde.

O inseto foi localizado no dia 31 de outubro de 2024, às 15h30, nas dependências do prédio Lemos Monteiro, situado no complexo do Instituto Butantan. Em resposta à situação, a Secretaria de Estado da Saúde declarou que o aparecimento do inseto no local se tratou de um caso isolado e que continua a monitorar a situação.

No entanto, a APqC relatou que um segundo bicho-barbeiro contaminado foi encontrado no mesmo espaço apenas um mês após a primeira ocorrência. Além disso, outros casos já haviam sido registrados anteriormente nas proximidades da Universidade de São Paulo (USP), que também está situada nas adjacências do Instituto. A região do Zoológico de São Paulo, localizada na zona sul, vem enfrentando problemas semelhantes desde 2019.

Consultada sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Saúde informou que realiza o monitoramento da presença do bicho-barbeiro na cidade por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e garantiu que não há registros de transmissão humana da doença de Chagas na capital.

A diretora da APqC, Patrícia Clissa, mencionou que técnicos responsáveis pela vigilância em saúde identificaram a presença de mais dez bicho-barbeiros em diferentes áreas do Butantan, dos quais dois estavam contaminados. Até o ano de 2020, as atividades relacionadas ao recebimento e análise desses insetos eram conduzidas pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), porém este órgão foi extinto naquele ano e, conforme a APqC, não existe atualmente nenhuma outra entidade estatal realizando essa função.

A associação também ressaltou que não estão sendo adotadas medidas para enfrentar essa questão. Helena Dutra Lutgens, presidente da APqC, afirmou que “é sabido pela Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), ligada à Secretaria Estadual da Saúde, sobre a presença de animais infectados que atuam como reservatórios do parasita na periferia de São Paulo“, mas destacou que não foram tomadas providências efetivas.

Por sua vez, a Secretaria Estadual da Saúde informou que desde 2019 vem monitorando a circulação do Trypanosoma cruzi em toda a região metropolitana paulista em parceria com especialistas do Instituto Pasteur.

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  • Data: 30/01/2025 05:01
  • Alterado:30/01/2025 17:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS









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