Reações Internacionais ao Início do Segundo Mandato de Donald Trump
Trump inicia segundo mandato com polêmicas sobre Panamá, México e Groenlândia; reações dos líderes destacam soberania e diálogo.
- Data: 21/01/2025 23:01
- Alterado: 21/01/2025 23:01
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Donald Trump
Crédito:Reprodução/Instagram
Na última segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu início ao seu segundo mandato com um discurso que reafirmou suas posturas conhecidas em relação a outros países. As declarações geraram reações imediatas de representantes do Panamá, México e Groenlândia, que se manifestaram na terça-feira (21) sobre os interesses expressos pelo líder americano.
O Panamá, mencionado durante a cerimônia de posse, é visto por Trump como um ponto estratégico para a recuperação do controle sobre o Canal do Panamá, uma das principais vias de comércio entre o Atlântico e o Pacífico. Em relação ao México, o presidente fez referências à necessidade de restringir a imigração e à mudança na denominação do Golfo do México para Golfo da América.
Embora não tenha sido mencionada diretamente no discurso, a Groenlândia também se destacou nas declarações do presidente americano. Trump tem reiterado que a ilha é considerada essencial para os Estados Unidos em questões de segurança internacional.
Após as declarações de Trump, o governo panamenho rapidamente negou as alegações de que “a China está operando o Canal do Panamá”, enfatizando sua soberania sobre a área. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, reforçou sua posição ao afirmar que o diálogo é fundamental para esclarecer pontos sem comprometer os direitos e a propriedade do canal.
No México, a presidente Claudia Sheinbaum observou que alguns dos anúncios feitos por Trump se assemelham a ações já implementadas durante seu primeiro mandato. Ao comentar sobre a ordem executiva que classifica a imigração ilegal como uma emergência nacional, Sheinbaum garantiu que seu governo se compromete em proteger a soberania mexicana e tratar humanitariamente as necessidades dos migrantes.
Enquanto isso, Sheinbaum não abordou as possíveis tarifas que Trump ameaçou impor às transações comerciais entre os países, enfatizando a importância de manter uma postura calma nas negociações.
No que diz respeito à Groenlândia, Trump havia feito menção ao desejo de adquirir o território durante seu primeiro dia no cargo. Ele insinuou que a Dinamarca estaria ciente dos altos custos envolvidos na manutenção da ilha. Em resposta, o primeiro-ministro groenlandês Mute Egede reafirmou que “nós somos groenlandeses” e que o futuro da Groenlândia será decidido pelos próprios groenlandeses, afastando qualquer ideia de serem incorporados aos Estados Unidos ou à Dinamarca.
A posição do governo dinamarquês coincide com essa visão, já que foi declarado apoio à independência da Groenlândia quando for desejado pelo seu povo. Em adição, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, sublinhou que nenhum país deve ter o direito de se apropriar de outro simplesmente devido à sua grandeza. “Não é aceitável que países possam tomar o que quiserem só porque são grandes”, afirmou Rasmussen.