Relatório revela que Trump seria condenado se não fosse eleito

Documento detalha acusações contra o presidente dos EUA, mas destaca impossibilidade de processo devido à sua reeleição; Investigação segue encerrada com recomendação de condenação

  • Data: 14/01/2025 11:01
  • Alterado: 14/01/2025 11:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: ABCdoABC
Relatório revela que Trump seria condenado se não fosse eleito

Crédito:RS/Fotos Públicas

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O procurador especial Jack Smith divulgou, na madrugada de terça-feira (14), um relatório final que detalha as acusações contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Smith afirma que as evidências reunidas ao longo da investigação seriam suficientes para levar o republicano a julgamento e potencialmente condená-lo, caso não tivesse sido reeleito, o que impossibilitou a continuidade do processo.

Impossibilidade de Julgamento de Trump Durante o Mandato

Em seu documento, que totaliza 137 páginas e foi entregue ao Congresso logo após a meia-noite (2h em Brasília), Smith reafirmou a posição do Departamento de Justiça, destacando que “a Constituição proíbe a continuação da acusação e do julgamento de um presidente“, independentemente da gravidade dos crimes ou da força das provas apresentadas.

O relatório, obtido pelo The New York Times, marca uma crítica contundente à atuação de um presidente eleito, encerrando um período legal complexo que viu Trump enfrentando acusações sérias relacionadas ao cerne da democracia americana. Embora Smith tenha se afastado do cargo de procurador especial na semana passada, seu relatório permanece como um testemunho abrangente das evidências coletadas contra Trump.

Decisão Judicial e Controvérsias Jurídicas

A divulgação deste material ocorreu um dia após uma decisão da juíza Aileen Cannon, responsável por outro caso federal envolvendo Trump sobre posse ilegal de documentos sigilosos. A juíza permitiu a liberação parcial de documentos, mas também impediu o Departamento de Justiça de tornar público um segundo volume referente ao caso dos arquivos confidenciais.

Os advogados de Trump, que tiveram acesso antecipado a uma versão preliminar do relatório, criticaram o conteúdo, descrevendo-o como uma “tentativa de golpe político” com o objetivo de desestabilizar a transição presidencial.

No último mês de agosto, Smith formalizou três acusações interligadas contra Trump por conspiração, alegando que ele tentara reverter sua derrota nas eleições de 2020. Além disso, uma denúncia separada foi apresentada na Flórida relacionada à manutenção ilegal de documentos confidenciais após sua saída do cargo.

Após a vitória de Trump nas eleições de 2024, Smith optou por encerrar os casos devido a uma política do Departamento de Justiça que impede a acusação de presidentes em exercício. De acordo com regulamentos do departamento, ele entregou relatórios finais sobre ambos os casos ao secretário de Justiça, Merrick Garland. Recentemente, Garland anunciou que aguardaria a conclusão dos processos legais envolvendo outros réus antes de liberar informações adicionais sobre o caso dos documentos sigilosos.

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  • Data: 14/01/2025 11:01
  • Alterado:14/01/2025 11:01
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