Banco Central divulga novas projeções econômicas para 2025 e 2026

Dólar a R$ 6, inflação acima da meta e Selic em alta

  • Data: 13/01/2025 09:01
  • Alterado: 13/01/2025 09:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Banco Central
Banco Central divulga novas projeções econômicas para 2025 e 2026

Crédito:Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Nesta segunda-feira (13), o Banco Central do Brasil apresentou um relatório que traz importantes previsões econômicas para os próximos anos, com destaque para as expectativas relacionadas ao dólar, inflação e taxa de juros. Os dados foram coletados através de uma pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.

De acordo com as novas projeções, o mercado financeiro estima que a moeda norte-americana deverá ser negociada a R$ 6 tanto no final de 2025 quanto em 2026.

As previsões de inflação também foram ajustadas, com a estimativa para 2025 subindo de 4,99% para 5%, o que mantém a expectativa acima do limite estabelecido pela meta. Para o ano de 2026, a expectativa de inflação foi levemente aumentada, passando de 4,03% para 4,05%. A partir de 2025, entra em vigor um novo sistema de metas contínuas, onde a meta será fixada em 3%, com um intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

O Banco Central tem a responsabilidade de ajustar a taxa Selic para tentar manter a inflação dentro desse intervalo. Os economistas observam que há um atraso na implementação dos efeitos da Selic na economia, que pode variar entre seis a 18 meses. Assim, atualmente, a instituição já está considerando as expectativas de inflação para os próximos doze meses até meados de 2026.

A partir de janeiro de 2025, a inflação acumulada em doze meses será analisada em relação à nova meta. Caso a inflação ultrapasse o intervalo por seis meses consecutivos, isso será considerado um descumprimento da meta. Nessa situação, o Banco Central é obrigado a redigir uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhando as razões do não cumprimento.

Recentemente, após o desvio da meta de inflação em 2024, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já havia enviado uma carta ao ministro Haddad explicando que o aumento da inflação foi impulsionado pela intensa atividade econômica, pela desvalorização do real e por eventos climáticos extremos.

As consequências da alta inflação são diretas na vida cotidiana da população. Com o aumento dos preços dos produtos e serviços sem uma correspondente elevação nos salários, especialmente para os trabalhadores com rendimentos mais baixos, o poder aquisitivo das pessoas tende a diminuir.

No que diz respeito à taxa básica de juros, os economistas mantiveram suas previsões inalteradas tanto para este ano quanto para 2026. No fim do ano anterior, o Banco Central elevou a Selic para 12,25% ao ano e indicou que novos aumentos podem ocorrer no início de 2025. As projeções atuais apontam uma Selic de 15% ao ano ao final de 2025 e uma redução para 12% ao ano em 2026. Já para o fechamento de 2027, as expectativas aumentaram ligeiramente de 10% para 10,25% ao ano.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas do mercado financeiro mantiveram-se em uma alta de 2,02% para 2025. Essa previsão se baseia nos dados divulgados pelo IBGE sobre o crescimento do PIB no terceiro trimestre deste ano, que registrou uma expansão surpreendente de 0,9%. Para o ano seguinte, a expectativa se mantém em um crescimento do PIB de 1,80%.

Além disso, outras estimativas relevantes incluem: previsão da taxa de câmbio do dólar permanece estável em R$ 6 até o final de 2025; a balança comercial teve sua projeção reduzida de US$ 74,2 bilhões para US$ 73,9 bilhões em superávit para 2025 e caiu de US$ 78 bilhões para US$ 77 bilhões para 2026; e os investimentos estrangeiros diretos são esperados em US$ 70 bilhões neste ano e US$ 75 bilhões em 2026.

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  • Data: 13/01/2025 09:01
  • Alterado:13/01/2025 09:01
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  • Fonte: Banco Central









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