Em 7 dias, São Vicente (SP) atende 4.239 casos de gastroenterite

Secretaria de Saúde local afirmou que o cenário está controlado e não é necessário um plano emergencial.

  • Data: 08/01/2025 16:01
  • Alterado: 08/01/2025 16:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Patrícia Pasquini (FOLHAPRESS)
Em 7 dias, São Vicente (SP) atende 4.239 casos de gastroenterite

Crédito:Myke Sena/MS

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Entre os dias 30 de dezembro de 2024 e 5 de janeiro de 2025, São Vicente, na Baixada Santista, atendeu 4.239 casos de pessoas com sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômito, diarreia e cólica, por exemplo. O número é maior do que a soma dos meses de novembro (1.657) e dezembro (1.754) inteiros, o que totaliza 3.411 atendimentos.

Em nota, a Secretaria de Saúde local afirmou que o cenário está controlado e não é necessário um plano emergencial.

São Vicente foi uma das cidades da Baixada Santista presentes, na última segunda-feira (6), em uma reunião promovida pela Secretaria de Estado da Saúde. O encontro com os secretários municipais de Saúde e representantes das vigilâncias epidemiológicas serviu para abordar medidas a serem adotadas em meio ao aumento de casos de gastroenterite.

O governo de São Paulo aguarda o resultado de análises de amostras enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para determinar se os casos foram provocados por vírus, bactéria ou parasita.

Outras cidades também tiveram alta neste tipo de atendimento. Em Santos, a demanda aumentou nas três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da cidade -Central, Zona Leste e Zona Noroeste.

Nessas unidades foram realizados 2.147 atendimentos em novembro de 2024, e 2.264 em dezembro. Entre os dias 1º e 6 de janeiro (até as 12h), o número de atendimentos saltou para 1.339 (o equivalente a 59,1% de todo o mês de dezembro).

Na Santa Casa de Santos, os atendimentos em novembro e dezembro foram 622 e 567, respectivamente. Já nos primeiros cinco dias deste ano o hospital atendeu 412 pacientes —80 por dia, em média.

Em Itanhaém, a Secretaria de Saúde registrou uma média de 229 atendimentos diários entre os dias 1° e 5 de janeiro -1.145 no total. Em todo o mês de dezembro essas unidades receberam 790 pacientes.

O mesmo ocorre em Mongaguá. De 23 de dezembro a 4 de janeiro, os serviços de urgência e emergência da cidade realizaram 1.783 atendimentos.

Segundo a Prefeitura de Mongaguá, o aumento dos casos foi observado a partir de 30 de dezembro, e começaram a cair no último sábado (4).

A Prefeitura de Guarujá afirmou que os atendimentos relativos a casos de virose nas unidades de saúde voltaram à normalidade, sem picos de demanda desde o último sábado (4). Na semana passada, a Secretaria Municipal da Saúde precisou aumentar a infraestrutura nas UPAs Enseada e Rodoviária para dar conta da demanda. Outras três unidades tiveram o horário de funcionamento estendido.

QUANDO PROCURAR UM SERVIÇO DE EMERGÊNCIA?

Se os sintomas forem leves e possíveis de serem controlados com hidratação e remédio simples para enjoo, não é necessário procurar um hospital.

Extremos de idade (crianças pequenas e idosos), doentes crônicos —principalmente no caso de diabetes—, cardíacos, imunossuprimidos e as pessoas com doenças autoimunes e aquelas cujos sintomas não regridem com o tratamento caseiro convencional devem buscar ajuda médica porque precisam de uma avaliação.

Quem não faz parte de grupo de risco deve ir a um serviço de saúde se tomou remédio e o quadro não melhorou até a segunda dose, segundo Marcelo Neubauer, infectologista e professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas.

“Mais do que a diarreia, o que preocupa muito a gente nessas viroses são os vômitos. Se a pessoa tiver diarreia e conseguir manter a hidratação, beber líquidos, isotônicos, soro de hidratação, tudo bem. Agora, se ela está vomitando, não consegue ingerir líquidos adequados e está com diarreia, o quadro pode rapidamente complicar”, alerta Neubauer.

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  • Data: 08/01/2025 04:01
  • Alterado:08/01/2025 16:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Patrícia Pasquini (FOLHAPRESS)









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