Brasil registra mais de 6 mil mortes por dengue em 2024

Vacinação e prevenção são essenciais para conter a epidemia

  • Data: 03/01/2025 07:01
  • Alterado: 03/01/2025 07:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: SBT News
Brasil registra mais de 6 mil mortes por dengue em 2024

Crédito:Divulgação/Fiocruz

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O Brasil enfrentou um alarmante aumento nos casos de dengue em 2024, com mais de 6 mil mortes registradas, conforme os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Isso representa uma média de 16 óbitos diários, o que marca um recorde histórico desde o início dos levantamentos sobre a doença.

No total, foram mais de 6,5 milhões de casos confirmados de dengue no país ao longo do ano passado. Um dado preocupante é que, apenas em dezembro, o estado de São Paulo viu uma triplicação dos registros da doença, atingindo níveis sem precedentes.

Fatores climáticos têm sido apontados como possíveis responsáveis pela escalada desses números. O infectologista Ricardo Bonifácio, do Hospital Sírio-Libanês, observa que o aumento das temperaturas e os recordes de queimadas podem ter exacerbado a situação. “Com essas condições, o mosquito transmissor da dengue se torna mais prevalente nas áreas urbanas, aumentando assim as chances de contágio através da picada”, explica o especialista.

O Brasil se destacou ao ser o primeiro país a introduzir a vacina contra a dengue em seu sistema público de saúde. No ano passado, foram distribuídas mais de 6 milhões de doses para vacinar crianças e adolescentes, das quais 58% foram efetivamente aplicadas.

Entretanto, Bonifácio alerta que a proteção plena da vacina só é alcançada após a administração de duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. “Assim, mesmo que a vacinação tenha sido iniciada no ano passado, não houve cobertura suficiente durante o pico da exposição à dengue. Os efeitos reais dessa campanha vacinal serão percebidos apenas em 2025”, ressalta.

A Vigilância Sanitária de São Paulo intensifica suas ações diariamente para conscientizar a população sobre a prevenção da dengue. Agentes percorrem residências alertando sobre os cuidados necessários e buscando focos do mosquito Aedes aegypti. Com a chegada de janeiro, mês tradicionalmente associado às férias, o risco de proliferação aumenta devido ao fechamento frequente das casas.

A coordenadora de Vigilância em Saúde, Maiara Martninghi, recomenda que os moradores realizem uma vistoria em suas propriedades antes de viajar. “É essencial verificar as calhas e garantir que não haja acúmulo de água em locais como piscinas e vasos de plantas, onde o mosquito pode se proliferar”, alerta.

Para aqueles que se sentem inseguros ao receber os agentes da Vigilância Sanitária, é aconselhável checar o nome no crachá do servidor e confirmar sua identificação pelo telefone 156 para assegurar que realmente pertence à instituição.

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  • Data: 03/01/2025 07:01
  • Alterado:03/01/2025 07:01
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