Aumento de tarifa de ônibus em SP gera revolta
Conselheiros criticam falta de melhorias no transporte e alertam para perda de passageiros.
- Data: 28/12/2024 01:12
- Alterado: 28/12/2024 01:12
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Reprodução
Recentemente, o aumento da tarifa de ônibus na cidade de São Paulo gerou polêmica e descontentamento entre os integrantes do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT). A nova tarifa, que passará de R$ 4,40 para R$ 5, representa um reajuste de 13,6%, programado para entrar em vigor no dia 6 de janeiro.
Os conselheiros, em uma carta divulgada na última sexta-feira, criticaram a decisão da prefeitura, argumentando que não há garantias de melhorias no serviço oferecido à população. Eles enfatizam a falta de um plano detalhado que justifique o aumento, especialmente no que diz respeito a investimentos em novos veículos e ao aumento da quantidade de viagens. A proposta apresentada pela SPTrans, segundo os conselheiros, se limita a um ajuste econômico, sem considerar a qualidade do transporte.
De acordo com os autores da carta, “não há benefícios ou melhorias no sistema”, o que acentua a insatisfação dos usuários. Além disso, alertam sobre o risco de perda de passageiros devido à elevação da tarifa. Destacam ainda que, desde 2020, houve uma significativa redução na frota e na frequência das viagens.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes tem enfrentado críticas pelo alto valor repassado às empresas de ônibus como subsídio, totalizando R$ 6,7 bilhões em 2024. Esse montante representa 58,7% do custo total do sistema.
Em suma, o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo suscita preocupações quanto à transparência nas decisões políticas e à real melhoria nos serviços prestados. Para muitos, é fundamental que qualquer reajuste tarifário venha acompanhado de um compromisso claro com a qualidade e eficiência do transporte público.