Impasse entre Hamas e Israel adia acordo de cessar-fogo em Gaza
Grupo acusa Israel de impor novas condições; Netanyahu relata avanços, mas acusações mútuas mantêm negociações travadas
- Data: 25/12/2024 11:12
- Alterado: 25/12/2024 11:12
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Terra
Crédito:Divulgação/Freepik
O grupo fundamentalista islâmico Hamas declarou, nesta quarta-feira (25), que a imposição de “novas condições” por parte de Israel resultou no adiamento da conclusão de um acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Este conflito já provocou a morte de aproximadamente 45 mil pessoas ao longo de um período que se aproxima de um ano e três meses.
Em uma nota oficial, a milícia palestina destacou que as novas exigências referem-se à “retirada” das tropas israelenses do território, à libertação de prisioneiros e ao retorno dos deslocados para suas residências. “Isso adiou a conclusão de um acordo”, afirmou o Hamas, indicando que as negociações estão em um impasse.
As declarações do Hamas surgem após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mencionar que houve “progressos” nas discussões para um cessar-fogo em Gaza e para a liberação de reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023. Essas conversações ocorrem no contexto de uma trégua estabelecida com o grupo xiita Hezbollah, no Líbano.
O Hamas demanda a retirada das forças israelenses do enclave palestino, enquanto o governo de Tel Aviv insiste na manutenção de suas tropas na região. Em resposta, o gabinete de Netanyahu divulgou um comunicado afirmando: “A organização terrorista Hamas está mentindo novamente, rechaçando acordos já estabelecidos e complicando as negociações”.
O comunicado também reforçou que Israel continuará seus esforços inabaláveis para garantir a devolução de todos os reféns em segurança.
Em meio a esse cenário tenso, o Papa Francisco fez um apelo por um cessar-fogo em sua bênção natalina, enfatizando a gravidade da situação humanitária em Gaza. “Que cesse o fogo, que os reféns sejam libertados e que se ofereça ajuda a uma população exausta pela guerra e pela fome”, pediu o líder da Igreja Católica.